Dezenas de famílias cristãs da área de Belém acabam de descobrir que suas casas e terras foram vendidas por muçulmanos sem o seu conhecimento, informaram autoridades palestinas.
Em entrevista ao jornal "The Jerusalem Post", as autoridades contaram que membros de uma gangue local foram presos e responderão a processo na Corte de Belém por suspeita de terem roubado terras e documentos de posse.
O governador de Belém, Salah Ta´mari, confirmou ao jornal a apropriação indevida de terras, mas disse que a maioria dos proprietários vive no exterior.
"O fenômeno de falsificação de documentos e venda de terras que pertencem a outros existe em Belém há quase 15 anos", disse o governador. "Estamos concentrando esforços nas investigações", garantiu ele.
A primeira reportagem do jornal sobre o assunto foi publicada em janeiro e dizia que gângsteres, incluindo um contingente de oficiais de segurança palestinos, tomaram ilegalmente as propriedades de cristãos que vivem nos arredores de Belém.
Luta pela recuperação das terras
Um casal de cristãos idosos, Fuad e Georgette Lama, contou à reportagem que a gangue havia tomado uma área de 6.000 m2 da família, localizada entre o subúrbio de Karkafa e o sul de Belém. "Um advogado e um oficial da Autoridade Palestina vieram e tomaram nossa terra", disse Georgette, uma senhora de 69 anos.
Segundo ela, seguranças da Autoridade Palestina se ofereceram para expulsar os muçulmanos intrusos. "Nós pagamos a eles mil dólares para que nos ajudassem a recuperar nossa terra", contou Georgette. "Em vez de nos devolverem a terra, eles simplesmente resolveram se apropriar, até destruíram três oliveiras e dividiram a área em pequenas glebas, aparentemente para colocá-las à venda", contou a senhora cristã.
Quando Fuad, de 72 anos, foi até a propriedade e pediu que eles se retirassem, foi espancado e ameaçado por homens armados. "Meu marido tinha acabado de fazer uma operação no coração e ainda assim eles o agrediram", conta Georgette. "Depois de ter sido espancado, Fuad ficou traumatizado e tem dificuldades para falar", disse ela.
A família decidiu levar o caso a público na esperança de que a comunidade internacional intervenha junto a Autoridade Palestina pela devolução da propriedade. "Vamos lutar até recuperar nossa terra", diz a senhora cristã.
"Infelizmente líderes cristãos e porta-vozes têm medo de falar sobre o problema que estamos enfrentando. Nós sabemos de outras três famílias cristãs em situação semelhante - Salameh, Kawwas e Asfour - cujas terras foram ilegalmente apropriadas pelos muçulmanos", conta Fuad Lama.
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