De acordo com a agência de notícias Reuters, no dia 8 de fevereiro, a Frente Madhesi, que é uma organização composta por vários grupos étnicos minoritários, anunciou o fim da tensão na fronteira e o bloqueio econômico que havia com a Índia. O Nepal sofreu uma grave crise no país, mas após meses de muita tensão, alguns acordos foram conseguidos pelos ministros. A Índia anunciou uma ajuda de US$ 250 milhões para a reconstrução de zonas afetadas pelo terremoto no Nepal. A verba faz parte do US$ 1 bilhão prometido a serem destinados à saúde, educação, recuperação de patrimônio cultural, além da construção de 50 mil imóveis. O restante será para o fornecimento de eletricidade da Índia ao Nepal, o trânsito de trens entre ambos os países rumo a Bangladesh e a melhoria das estradas nepalesas.
"O acordo em si ainda não está muito claro, mas parece que o sofrimento do povo despertou a atenção dos políticos, porém, existe outro fator que pode muito bem ter sido o motivo da generosidade: a Índia tem receio de que o Nepal esteja sendo atraído cada vez mais para a seu segundo maior vizinho, a China, com quem fortaleceu os laços recentemente", comenta um dos analistas de perseguição. Os atuais acordos políticos afetam negativamente o lado mais fraco da população, que são as minorias religiosas, em especial os cristãos.
Embora o Nepal não esteja entre os 50 países da Classificação da Perseguição Religiosa de 2016, ele é o 51º na pontuação que identifica os países perseguidores de cristãos, tendo como vizinhos a China, que é o 33º, a Índia como 17º e Bangladesh ocupando o 35º lugar. O que acontece ao redor do Nepal pode influenciar na vida da igreja no país, além disso, em 2012 houve uma intervenção na elaboração da nova Constituição do país, quando extremistas hindus tentaram oficializar o hinduísmo como religião oficial do Estado. "Outro fator que pode afetar a vida dos cristãos é o recente falecimento de Sushil Koirala, ex-primeiro ministro e chefe do Congresso. Ele tinha 77 anos de idade e foi conhecido como um político moderado e equilibrado, de acordo com um artigo do New York Times. Com certeza a ausência dele na liderança fará muita diferença para os cristãos e também para as demais minorias religiosas", conclui o analista. Ore por essa nação.
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