Os cristãos estão no Iraque desde o primeiro século, integrando Igrejas orientais ou uniatas (ligadas a Roma), usando, em sua maioria, a liturgia em aramaico, a língua materna de Jesus. A tradição atribui ao apóstolo Tomé o pioneirismo na evangelização da região (Mesopotâmia).
Eles se constituíam em uma minoria, com restrições, mas livre para a vida privada, profissional e de adoração, de cerca de um milhão de pessoas. O braço direito de Saddam Hussein, Tarik Aziz, era um cristão caldeu. Com a invasão norte-americana e das tropas aliadas, a derrocada de Saddam e a atual guerra civil, a situação se deteriorou rapidamente.
Informa-se que 90% dos cristãos fugiram para o exílio ou estão sendo raptados ou mortos. Apenas mulheres e crianças têm aparecido nas congregações que, cada vez mais, se reúnem clandestinamente. Os templos estão sendo abandonados ou destruídos.
Para o reverendo Cônego Andrew White, capelão anglicano de Bagdá, “a situação é pior do que no tempo de Saddam Hussein, é o pior momento em toda a história”.
É uma tragédia que a “libertação” de um país por forças militares de países cristãos esteja concorrendo para a destruição de uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo.
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