Uma declaração sem precedentes sobre o massacre do dia 4 de junho de 1989 na Praça da Paz Celestial foi liberado por mais de 80 líderes chineses. A declaração era um pedido por perdão, arrependimento, verdade, justiça e reconciliação. A maioria dos signatários estava envolvida diretamente com o movimento estudantil e sofreu severas perseguições nas mãos das autoridades por conta de seu engajamento. Após o massacre, o fracasso do movimento e sua busca pela verdade, esses antigos líderes encontraram a realidade e a esperança em Jesus Cristo.
Em sua declaração, os agora líderes cristãos, se pronunciaram sobre como o massacre “Fez com que seu senso de justiça despertasse e destruiu os sonhos de uma utopia na terra”. Durante a crise, eles viram que não eram apenas “Espectadores inocentes dos pecados cometidos e da tragédia acontecida”. O manifesto declara: “Em relação à natureza pecaminosa, percebemos que não somos diferentes daqueles que tomaram as decisões, dos comandantes ou dos negociantes do massacre”, com a exceção de que encontramos a graça e o perdão de Deus. A declaração convoca os cristãos chineses a buscar a reconciliação sob o argumento de que a verdade seja revelada e a justiça feita. A declaração traz uma lista com algumas ações específicas a serem tomadas, incluindo: confissão de pecados de silêncio e hipocrisia; revelação da verdade; ajuda àqueles que ainda sofrem por causa da tragédia e oração pelas autoridades chinesas. Os signatários também pedem que as autoridades chinesas investiguem o massacre, compensem e cuidem das famílias das vítimas.
O Massacre da Praça da Paz Celestial, conhecido na China como “o incidente de 4 de junho”, foi o trágico fim de um movimento estudantil e intelectual que pedia por liberdade de imprensa e por um diálogo entre autoridades e representantes eleitos pelos estudantes. Entre os dias 15 de abril e 4 de junho, aproximadamente 10 mil cidadãos chineses, a maioria deles estudantes universitários, protestaram pacificamente na famosa Praça da Paz Celestial, em Beijing. No dia 4 de junho, o governo chinês enviou tanques blindados e, como assistido pelo mundo inteiro, matou centenas de manifestantes. De acordo com o governo chinês, o número de mortes foi entre 200 e 300. Entretanto, a Cruz Vermelha chinesa estima que o número de mortos seja de 2.000 a 3.000. Mais de 10 mil cidadãos chineses de todo país que estavam envolvidos no movimento foram condenados a morte pelo governo como uma forma de retaliação. O dia 4 de junho de 2009 marcará os 20 anos do massacre.
Bob Fu, presidente e fundador do ChinaAid, foi um dos líderes estudantis do movimento na Praça da Paz Celestial. “O fato de que o massacre tenha acontecido há 20 anos e o governo ainda não permitir que haja nenhuma celebração deveria ser visto pela comunidade internacional como um indício de que a estrada para a liberdade do povo chinês não é fácil”, declara ele. “Nos sentimos encorajados porque a Igreja Perseguida na China e seus líderes estão sendo despertados para o arrependimento por seu silêncio em relação ao massacre e se movendo em direção a uma justiça e reconciliação verdadeiras”.
A declaração contém, ainda, um pedido para que todas as igrejas cristãs chinesas, dentro e fora do país, orem entre os dias 12 de maio – o aniversário de terremoto Sichuan – e 4 de junho – aniversário do massacre. Eles pedem para que as igrejas façam dos dias 12 de maio a 4 de junho o periodo de “oração pela China” e para que preparem reuniões especiais de oração durante esse período.
ChinaAid convova a comunidade internacional para se posicionar junto aos signatários da declaração – orando por e com eles e agindo por uma reconciliação verdadeira.
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