Um pequeno grupo de cristãos no sul das Filipinas estão vivendo com medo depois de desconhecidos terem matado Mr. Angelada, membro de uma igreja.
Angelada foi brutalmente assassinado em sua própria casa no dia 24 de fevereiro, aparentemente em ligação com um disputa de terra entre cristãos da tribo Sama e membros da tribo muçulmana Tausung.
Angelada originalmente veio de Visayas na região central das Filipinas, mas mudou para Lumbayao em Zamboanga há mais de trinta anos. Ele recebeu uma pequena comunidade de fiéis Sama quando eles primeiro chegaram em Lumbayao e comparecia à igreja.
A Sama é uma tribo com maioria islâmica, no menor nível da sociedade ao sul do país. Os cristãos enfrentam descriminação em dose dupla. Entretanto, Angelada passou a ser amigo da tribo e trabalhou muito para melhor a qualidade de vida deles.
Como foi dito por um membro da tribo, "quando viemos, ele nos ofereceu sua terra como nosso lar temporário. Ele ás vezes dava milho aos que não tinham comida. Ele fez uma petição ao prefeito pedindo eletricidade para nossa comunidade. Agora todo mundo tem esse benefício. Ele era um bom homem".
Os vizinhos deram testemunho à polícia de que na noite do dia 24 de fevereiro, um homem entrou na casa de Angelada e desligou as luzes. Os vizinhos assumiram que o homem era Angelada.
A polícia interrogou um homem que trabalhava com Angelada, mas desde então, nenhuma ação foi tomada. Quando os fiéis abordaram a polícia pedindo por ajuda, simplesmente disseram a eles para darem queixa à polícia novamente caso qualquer situação estranha acontecesse.
A violência contra cristãos não é nova na região de Zamboanga. Os terroristas atiraram em um ex-muçulmano da trito de Tausung, conhecido somente como Bem em novembro do ano passado.
Um amigo relata que Bem já está recuperado, mas continua parcialmente paralisado depois do tiro. "As últimas notícias que temos após isso foi que a bala que entrou na região peitoral ainda está em sua espinha. Os médicos dizem que isso causou a paralisia".
Membros da comunidade Sama dizem que eles não precisam herdar a terra, mas precisam de algum lugar para morar. "Nesse local temos liberdade de adoração", disse um cristão. "Mesmo que existam muçulmanos da tribo Sama morando junto com a gente, eles não causam problemas". Mas esse não é o caso em outras partes da Zamboanga, onde cristãos são freqüentemente perseguidos por vizinhos muçulmanos.
Depois do assassinato, os cristãos temiam que os assassinos tentariam eliminar o pastor e os líderes da igreja. Alguns até mudaram para a outra comunidade na cidade de Zamboanga.
"Essa é a cultura do povo Sama", disse um cristão a CompassDirect, "se prevermos problema, preferimos deixar o lugar ao invés de lutar pelos nossos direitos".
"Mas se nós deixássemos esse lugar, nós seríamos seriamente afetados. Se mudarmos para outra comunidade dominada por muçulmanos, não teremos a mesma liberdade religiosa que tínhamos. Posso afirmar isso pois eu tive a experiência de ser perseguido por vizinhos muçulmanos em outras ocasiões".
A comunidade Sama é considerada a menor na hierarquia social das treze tribos muçulmanas no sul do país.
"Alguns dizem que nosso caso é complicado, mas para Deus nada é impossível", disse um Sama, que prefere não ser identificado. "Simplesmente temos que acreditar em Deus".
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