Roshana* é uma cristã perseguida do Sri Lanka. Há algum tempo, ela foi atacada por monges budistas, logo após uma reunião de oração. "Estávamos na casa de um irmão, numa cidade chamada Wattegama. Naquela mesma tarde, antes de sair de casa, eu havia recebido o telefonema de uma estranha. Ela perguntou se eu poderia orar por ela pessoalmente. No horário marcado ela chegou acompanhada de suas três filhas. Assim que iniciei a oração, cinco monges budistas chegaram e do lado de fora muitos jovens cercaram a casa. Havia pessoas filmando tudo. Um dos monges começou a me agredir fisicamente e eles me arrastaram à força para um templo que ficava ali bem próximo. Um monge derramou água sobre a minha cabeça enquanto o outro tentava me estrangular. Eles pegaram a minha bolsa com todos os meus documentos e minha Bíblia", lembra Roshana.
A cristã conta que o tempo todo eles a ameaçavam de morte. "Os monges perceberam que eu não estava com medo, então passaram a fazer zombarias, me amaldiçoaram e um deles tocou o sino. No Sri Lanka, quando o sino toca é sinal de perigo e de que os monges precisam de ajuda, então as pessoas correm para socorrê-los. Quando chegou a multidão, eles imediatamente mostraram a gravação que fizeram no momento em que eu estava orando pela mulher. O que eles não perceberam é que enquanto me arrastavam, consegui fazer uma ligação pedindo ajuda a alguns amigos. Em poucos instantes a polícia chegou, mas estavam à paisana. Os monges pensaram que eles eram pastores, então eles atacaram os policiais também", relata Roshana.
Em seguida outros policiais chegaram, dessa vez uniformizados, e a levaram para prestar depoimentos. "Fiquei na delegacia até meia noite e do lado de fora uma multidão protestava, dizendo que a polícia não deveria me liberar. Como eles tinham minha bolsa e meu celular, os próprios monges ligaram para meus familiares dizendo que ‘eles’ tinham me entregado para a polícia e então eles vieram correndo. O problema é que quase toda a minha família também é budista e aquele não era um bom testemunho cristão, afinal eu estava numa delegacia. Por outro lado, o que fizeram também não foi nada exemplar, já que agrediram uma mulher, normalmente eles não batem em mulheres", comenta. Atualmente, Roshana passa por momentos difíceis, por causa dos traumas vividos. "Eu sei que Deus me ama e o quanto me protege. Tenho dentro de mim a convicção de que muitas outras pessoas serão resgatadas para conhecer o amor de Cristo. Esse incidente apenas me fortaleceu para seguir em frente nesse ministério", conclui. Em suas orações interceda por Roshana e por todos os cristãos cingaleses perseguidos.
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