Shadia Nagui Ibrahim, 47 anos, que estava presa após ter recebido uma pena de três anos de prisão por ter declarado que era uma cristã copta, quando na verdade tinha um pai muçulmano, foi libertada ontem.
As crianças no Egito herdam automaticamente a religião de seus pais. O pai dela, Nagui Ibrahim, era um muçulmano que se converteu ao cristianismo e usava documentos falsos. Ele deixou a casa da família quando ela tinha apenas dois anos.
Por isso ela pensava que ele fosse de fato cristão e era desta forma que ela se declarava. Até na certidão de casamento dela, em 1982, Nagui se declarou cristã.
Informações erradas anulam sentença
Ela foi presa por prover falsa informação em seus documentos oficiais e foi sentenciada a três anos de prisão no último dia 21 de novembro.
"O procurador-geral disse que o julgamento estava sendo conduzido com informações erradas", contou o advogado dela, Ramses El Naggar.
Em 1996, o homem que forjou os documentos do pai dela foi preso com inúmeros documentos falsificados em mãos, entre eles, o de Ibrahim.
Por isso ela foi solta da prisão, pois na verdade, desconhecia sua origem muçulmana. Ainda não se sabe como ficará descrito o status religioso nos documentos dela. Se mudará ou não.
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