Em 27 de fevereiro, a Portas Abertas Internacional divulgou a nova atualização da Classificação de países por perseguição - um ranking anual dos cinqüenta países onde há mais intolerância aos cristãos. Essa lista é baseada em avaliações e testemunhos obtidos pelos contatos locais da Portas Abertas, obreiros e membros da Igreja Perseguida.
Pelo quarto ano consecutivo, a nação comunista da Coréia do Norte permanece no topo da lista. Acredita-se que milhares de cristãos sofram atualmente nos campos de trabalho forçado do país. Embora não existam dados oficiais, a equipe da Portas Abertas estima que centenas de cristãos foram mortos pelo regime norte-coreano em 2005.
A Arábia Saudita mantém de novo a segunda colocação na lista, pelo quarto ano consecutivo. Não há liberdade religiosa nesse país onde os cidadãos só têm permissão para aderir a uma religião: o islamismo. O sistema legal está baseado na lei islâmica (sharia). A apostasia - conversão à outra religião - é punida com a morte. A Portas Abertas registrou mais de 70 cristãos estrangeiros que foram detidos em 2005 durante cultos em casas. Essa foi considerada a maior ação da Arábia Saudita contra os cristãos da última década. A maioria dos detidos foi libertada depois de um certo período.
No Irã, a deterioração da liberdade religiosa começou com a vitória dos partidos conservadores no começo de 2004. Uma nova onda de perseguição contra os cristãos sucedeu a eleição presidencial de junho de 2005, levando o país à 3ª posição na Classificação. Desde a eleição de 2005, muitos cristãos foram não apenas oprimidos, mas também detidos e espancados.
Entre os 10 primeiros estão: Irã, Somália, Maldivas, Butão, Iêmen, Vietnã, Laos e China. Além da Coréia do Norte, os países com governo comunista incluem Vietnã, Laos e China. Os dominados por muçulmanos são Arábia Saudita, Irã, Somália, Maldivas e Iêmen. Budismo é a religião de estado do Butão.
A condição dos cristãos no Uzbequistão (que passou do 15º para o 12º lugar) piorou depois da supressão de um levante popular em Andijan em 2005. O incidente levou às restrições da liberdade religiosa aos cristãos. A violência contra os cristãos na Índia (do 34º para o 36º lugar) parece estar aumentando. Eles são submetidos a uma crescente pressão por causa de acusações de atividades evangelísticas. Intolerância e atrocidades contra as minorias estão aumentando também em Bangladesh (de 46º para o 39º).
A situação dos cristãos melhorou de diferentes formas no Vietnã (de 3º a 7º), em Laos (de 4º a 9º), no Sudão (de 19º a 27º), no norte da Nigéria (de 25º a 28 º), na Colômbia (de 36 º a 44 º) e no sul do México (de 31º a 48 º).
A resistência fundamentalista muçulmana continua ativa no Afeganistão, mas a Portas Abertas não recebeu nenhum relatório de cristãos convertidos mortos. No Sudão, os cristãos encontraram esperança no acordo de paz assinado e não houve relatos confirmados de cristãos mortos por sua fé. A Portas Abertas continuou a receber informações de violência religiosa na Nigéria em 2005, porém menor do que a ocorrida em 2004. A posição da Colômbia e do México caiu devido ao número menor de relatos de violência contra os cristãos em relação aos anos anteriores.
Em breve será publicado um novo mapa com as alterações feitas.
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