Pelo terceiro ano consecutivo, a Coréia do Norte, isolada nação comunista, lidera a classificação de países por perseguição da Portas Abertas.
O cristianismo é visto como uma das maiores ameaças ao poder do regime, segundo o relatório da Classificação de 2005.É difícil obter números exatos, mas estima-se que dezenas de milhares de cristãos estão sofrendo nos campos de trabalho forçado da Coréia do Norte e, pelo menos 20 cristãos foram assassinados no ano passado enquanto estavam detidos.
A lista anual classifica os países de acordo com a intensidade da perseguição que os cristãos enfrentam enquanto seguem ativamente sua fé. Cinco dos dez primeiros países são de maioria islâmica, em quatro o governo é comunista e um país, o Butão, é de maioria budista.
Novamente a Arábia Saudita ficou com o segundo lugar na lista, seguido do Vietnã, Laos, Irã, Ilhas Maldivas, Somália, Butão, China e Afeganistão. O reino da Arábia Saudita exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos. As conseqüências podem ser severas para um saudita que se converta a outra religião. O sistema legal é baseado na sharia (lei islâmica) em que a apostasia - conversão para outra religião - é punível com morte. Até cristãos estrangeiros foram presos e deportados por praticarem sua fé silenciosamente - mesmo o governo garantindo que estrangeiros podem adorar privativamente. Em 2004, o cidadão indiano Brian O'Connor foi sentenciado a 10 meses de prisão e 300 chibatadas. Ele foi solto e deportado depois de sete meses preso.
A situação piorou para os cristãos da Eritréia, país do leste da África onde mais de 400 evangélicos estão presos por sua fé. Eles são submetidos a duras condições, incluindo ser trancados em containers de metal sob calor intenso.
A Somália subiu 4 posições e alcançou o sétimo lugar. A razão primária é porque "cristãos convertidos do islã estão pagando um alto preço pela sua nova fé, especialmente em partes rurais do país."
Enquanto os cristãos no Iraque - classificado em 21.o. lugar - desfrutam "mais liberdade" do que debaixo do regime anterior, eles experimentam maior pressão devido à falta de ordem que permite uma ação quase irrestrita dos fundamentalistas islâmicos. Ameaças escritas, seqüestros, bombardeios e assassinatos continuam a forçar dezenas de milhares da minoria cristã da população para fora do país.
Do lado positivo, cristãos no Sudão esperam que o novo acordo de paz libere acesso a um maior número de produtos e serviços negados anteriormente. Debaixo do último acordo, o sul do país (de maioria animista e cristã) permanecerá autônomo por seis anos. Estima-se que mais de dois milhões de pessoas morreram no Sudão durante os 21 anos de guerra civil.
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