A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira aumentar as punições a um cidadão americano -- que foi sentenciado a trabalhos forçados por entrar ilegalmente no país no começo do ano -- se os Estados Unidos não suspenderem as hostilidades contra o país.
Aijalon Mahli Gomes, que morava na cidade de Boston, foi sentenciado em abril a oito anos de prisão e multa de US$ 700 mil. Pyongyang já libertou três americanos que tinham sido condenados por entrada ilegal no país, mas se negou a liberar Gomes por causa das tensões causadas pelo afundamento de um navio da Marinha da Coreia do Sul. EUA e Seul acusam a Coreia do Norte.
Segundo a agência oficial de notícias da Coreia do Norte (KCNA), Pyongyang está examinado medidas mais duras contra Gomes em condições da "lei da guerra" e considera a aplicação da lei se os EUA persistirem com sua "aproximação hostil". Os americanos não mantêm relações diplomáticas com o regime do ditador norte-coreano, Kim Jong-il.
"O governo dos EUA este pedindo a libertação com status humanitário, mas isso nunca acontecerá na atual situação e o único assunto que resta é qual punição mais dura pode ser aplicada contra ele", disse a KCNA.
O americano foi detido em 25 de janeiro por entrada ilegal na Coreia do Norte pela fronteira com a China. Segundo a KCNA, Aijalon, um antigo professor de inglês, assumiu todas as acusações.
Em dezembro em 2009, o missionário americano Robert Park, de 28 anos, tentou cruzar ilegalmente a fronteira na véspera de Natal e também foi detido, sendo libertado em fevereiro de 2010 após, segundo o regime comunista, "mostrar arrependimento".
Duas jornalistas americanas foram detidas em 2009 na fronteira com a China enquanto gravavam um documentário. Ambas foram condenadas a 12 anos de prisão e trabalhos forçados, mas foram libertadas graças à intervenção e medicação do ex-presidente Bill Clinton.
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