Extremistas hindus atormentaram a convenção anual de uma igreja em Raipur no sábado, 15 de outubro, alegando que os organizadores haviam seqüestrado pessoas das tribos para conversão. Retornando no dia seguinte, eles retiraram a força os cristãos e gritaram slogans anticristãos.
Os atacantes pertenciam ao Dharam Sena (Exército de Religião), uma ramificação do Vishwa Hindu Parishad (VHP ou Conselho Hindu Mundial) treinado por Dileep Singh Judeo, um líder local do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata (Bharatiya Janata Party - BJP).
Anteriormente, o Dharam Sena havia atacado outras duas igrejas em Raipur, a capital do estado de Chattisgarh, em 11 de setembro.
Os ataque dos dias 15 e 16 de outubro ocorreram durante os últimos dois dias da "Convenção Evangelho e Avivamento", da Igreja de Deus na região de Raja Talab, em Raipur. Cerca de 150 pessoas estavam participando da convenção, que aconteceu de 11 a 16 de outubro.
A Igreja de Deus realiza essa convenção anual há 47 anos. A igreja foi fundada em 1948.
"Um grupo de extremistas do Dharam Sena invadiu o corredor por volta das 13h30, quando todos oravam pelos enfermos", disse Arun Pannalal, testemunha e líder cristão local, membro da igreja no Norte da Índia. "Assim que eles entraram, acusaram os organizadores de seqüestrar pessoas das tribos e as converter forçadamente para o cristianismo."
Os tribais são o povo mais primitivo e mais pobre da Índia.
"Assim que os policiais chegaram ao local, os malfeitores apontaram três mulheres no palco, alegando que haviam sido seqüestradas pelos cristãos para conversão," disse Arun. Quando os organizadores pediram aos policiais para registrar a queixa, eles responderam que só registrariam a queixa depois que as três mulheres fossem interrogadas.
A polícia levou as três mulheres para a Subdivisão da Magistratura (SDM) para tomar seus depoimentos. "A SDM gravou em fita de vídeo os interrogatórios das três mulheres, e elas claramente negaram que estavam sob persuasão ou que foram atraídas pelos organizadores", contou Arun.
Os agressores retornam
Como se não bastasse, no dia seguinte cerca de 70 extremistas retornaram à convenção por volta das 11 horas e novamente gritaram slogans anticristãos no portão da igreja, alegando que duas outras pessoas haviam sido seqüestradas pelos cristãos para conversão, segundo informou Arun.
"Eles também agrediram um homem não-identificado que fugiu de lá - nós nem sequer sabemos se ele era Cristão," ele disse. "Eles também deram tapas e forçaram vários cristãos usando linguagem abusiva, mas ninguém foi seriamente machucado."
Vendo que os extremistas não estavam escutando os policiais, a SDM ordenou que eles não se reunissem na igreja. "Porém, em vez de prender os malfeitores, a polícia pediu a eles que se sentassem dentro de um ônibus e os levaram a Moti Bagh, um lugar que a administração regional designou para demonstrações e protestos", disse Arun.
Kaviraj Lal, um membro local da Associação Legal Cristã da Índia, disse que o ministro estadual Ram Vichar Netam informou à imprensa que nenhuma queixa será registrada antes da investigação policial.
"É uma pena que, embora os jornais locais tenham mostrado a história das reuniões pacíficas cristãs interrompidas e estampando cristãos forçados nas capas, a administração não registrou nem sequer uma reclamação formal ainda," Kaviraj falou.
O Grupo Comunista da Índia (Marxista) - Communist Party of India (Marxist), ou simplesmente CPI (M) - denunciou o ataque à igreja, acusando o então líder do BJP de causar divisão entre os associados, declarou "Hari Bhoomi", um jornal diário local, em 18 de outubro.
O CPI (M) também disse que cristãos e outros minorias religiosas em Chattisgarh não estavam a salvos sob a lei de BJP, enquanto extremistas religiosos estavam avançando em massa.
Cristãos em Raipur organizaram um "comício" em setembro para protestar contra o aumento de ataques contra as igrejas no estado. O comício veio em resposta aos ataques de 11 de setembro às duas igrejas de Raipur em que extremistas destruíram a propriedade e atacaram adoradores.
Uma delegação de cristãos locais apresentou um memorando de protestos ao ministro estadual local, que assegurou que irá examinar prontamente queixas dos cristãos.
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