Philip Pullman (foto) anunciou que seu próximo livro será sobre a vida de Jesus, intitulado “The Good Man Jesus and the Scoundrel Christ” (’O bom homem Jesus e o patife Cristo’, em tradução livre). Declaradamente avesso à religião organizada, o autor de “A Bússola de Ouro” informou em uma entrevista ao jornal The Guardian que o livro vai explorar a ideia de que a história como a conhecemos pelos evangelhos foi uma criação do apóstolo Paulo. Nas palavras do autor, o livro é, entre outras coisas, “uma história sobre como as histórias se tornam histórias”.
Somente a ideia de um livro sobre Jesus escrito por Pullman já seria suficiente para fazer ressurgir a controvérsia criada por “A Bússola de Ouro”, livro voltado para as crianças, onde o poder da religião é duramente criticado e a Autoridade, figura vista como Deus pelos críticos do autor, aparece como um velho senil. Os detratores de Pullman e radicais cristãos, no entanto, terão ainda maior poder de fogo ao saber que o escritor pretende mostrar que um homem santo chamado Jesus existiu, mas a ideia de que Ele era filho de Deus teria sido invenção de São Paulo.
Pullman credita o apóstolo como um dos maiores gênios literários de todos os tempos e provavelmente o homem de maior influência sobre a história do mundo. O escritor também diz que sua história parte da natureza humana e divina de Cristo, mas o que ele faz com o assunto é de sua total responsabilidade.
A artilharia contra o novo livro, na verdade, já começou. Em entrevista ao The Daily Mail, o Arcebispo auxiliar de Birmingham, David McGough, disse que não existem evidências de que São Paulo teria influenciado os evangelhos.
Pullman deve lançar o livro na Páscoa de 2010. No Reino Unido, o livro será lançado pele editora escocesa Canongate dentro da série Myths, responsável também por uma nova versão modernizada de “Prometeu”, escrita por Michel Faber, em que um acadêmico encontra um quinto evangelho.
Como se uma controvérsia não fosse suficiente, Pullman entrou em choque também com as autoridades britânicas. O autor informou que vai deixar de visitar as escolas britânicas em boicote contra a decisão das autoridades de criar um banco de dados antipedófilos. A medida exige que todo o pessoal do sistema escolar britânico seja registrado e tenha seu passado verificado, o que inclui professores, funcionários e visitantes.
O banco de dados é uma das decisões tomadas para aumentar a segurança das crianças depois que duas meninas de 10 anos foram assassinadas por um funcionário da escola em que estudavam. O assassino, Ian Huntley, tinha uma ficha criminal, o que não foi verificado quando contratado. Pullman diz que se recusa a pagar 64 libras para uma agência governamental lhe dar um certificado de não-pedófilo, e afirma nunca ter ficado sozinho com os alunos em suas palestras e visitas a escolas. A crítica de Pullman foi apoiada por Anthony Horowitz, autor da série Alex Rider, e pelo ilustrador dos livros de Roald Dahl, Quentin Blake. Anne Fine, autora de Diário de Um Gato Assassino e de Madame Doubtfire, disse que vai visitar apenas escolas fora do Reino Unido.
O governo defendeu a medida dizendo que seria irresponsável permitir que adultos trabalhem com crianças sem verificar seu passado, e que isso se aplica a todos, desde o pessoal da limpeza, bombeiros visitantes até autores famosos.
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