O dia 28 de outubro de 2018 vai ficar marcado na história da República Federativa do Brasil como a data que o país elegeu Jair Messias Bolsonaro como seu 38° presidente, rompendo com um sistema político de orientação socialista e pretensões totalitárias comandado pelo Partido dos Trabalhadores.
Com *55,54% dos votos válidos, um índice diferenciado em disputas presidenciais de segundo turno, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Jair Bolsonaro eleito às 19h16. O feito é marcante, porém, não apenas pelos números sólidos, mas pela construção da vitória com uma das campanhas mais simples e baratas da história da República, e pelo amplo apoio popular conseguido pelo deputado federal e capitão reformado do Exército.
A vitória de Bolsonaro – que começou a surgir como líder das pesquisas de intenção de voto em meados de maio, quando o ex-presidente Lula ainda era o nome apresentado pelo PT como cabeça de chapa na disputa. Em agosto, quando o TSE barrou oficialmente a candidatura do político por sua condenação em segunda instância no processo por corrupção e lavagem de dinheiro, Bolsonaro assumiu a ponta e não foi ultrapassado em nenhum momento.
Conservador, Jair Bolsonaro agora terá, como desafio principal, atender aos anseios de seu eleitorado, que prima pelo combate à corrupção, o fim da promoção da ideologia de gênero nas escolas públicas, manutenção da rejeição legal ao aborto e a geração de emprego, que hoje assola 14 milhões de brasileiros em idade produtiva.
A vitória de Jair Bolsonaro foi construída, também, por conta do apoio maciço de lideranças evangélicas de denominações tradicionais, pentecostais e neopentecostais, já que foi o único candidato que se posicionou formalmente contra a legalização do aborto, uma das pautas inegociáveis para os cristãos, sejam de tradição protestante ou católica.
Bolsonaro contará com um maciço apoio inicialmente, já que o PSL elegeu 52 deputados federais e seu provável ministro-chefe da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) vem costurando apoios entre os parlamentares das bancadas ruralista e evangélica, além de integrantes de partidos do chamado “centrão”.
Analistas políticos enxergam, também, que a votação expressiva recebida pelo presidente eleito dá a ele cacife político para convencer parte do Congresso a votar as reformas propostas, incluindo a da Previdência, tributária e ministerial – que deverá ser marcada pela redução do número de pastas e com ênfase na nomeação de um time de especialistas.
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