Na manhã de hoje, na região da mesquita de Rabia al Adawiya, onde a maioria dos militantes pró-Mursi estão acampados, aconteceu o confronto entre policiais e manifestantes. Houve intensos tiroteios entre os dois grupos e dezenas de mortos, embora ainda não exista um número definido. Enquanto o Ministério da Saúde fala em 15 mortos e 200 feridos, a Irmandade Muçulmana, partido de Mohamed Mursi, relata mais de 200 mortes; dentre elas, a filha de 17 anos de um dos seus principais líderes.
A Folha de São Paulo divulgou que, segundo a agência de notícias estatal Mena, três igrejas coptas foram atacadas no interior do Egito por islamitas durante atos contra o governo interino. Os manifestantes jogaram coquetéis molotov contra duas congregações na Província de Minya e um templo na cidade de Sohag, ambas ao sul do Cairo. A mesma informação foi divulgada pelo jornal britânico The Wall Street.
A região é uma das que têm a maior comunidade cristã do país, que é majoritariamente islâmico. Os cristãos (conhecidos no país como “coptas”) foram um dos principais apoiadores da retirada de Mursi do poder, em 3 de julho, após uma operação militar.
Em entrevista hoje à rádio BandNews FM, o embaixador brasileiro no Egito, Marco Brandão, afirma que não há brasileiros entre os feridos. Ao jornalista Ricardo Boechat, o diplomata disse que o comércio está fechado e que há muitas pessoas nas ruas.
A comunidade anglicana no Egito divulgou um alerta de oração urgente, relatando que pedras e coquetéis molotov foram atirados nas igrejas e o carro de um líder religioso foi destruído em Suez.
Algumas comunicações no Cairo foram cortadas, assim como as estradas em Alexandria, bloqueadas. A situação permanece confusa. Hisham Hellyer, professor da Universidade de Georgetown, disse à BBC que "todas as fontes de mídia precisam ser verificadas, pois ninguém é neutro na crise de hoje."
Informações da Folha de São Paulo revelam que, em uma carta enviada ao presidente interino Adly Mansour, o vice-presidente El Baradei disse que havia meios "mais pacíficos" para resolver os conflitos no país. "Não posso assumir a responsabilidade de decisões com as quais não estou de acordo", escreveu.
Em um anúncio feito na TV estatal, o governo do Egito anunciou estado de emergência por um mês, iniciando às 16h locais (11h em Brasília). Ontem (13/08), a Portas Abertas já noticiou acerca do aumento da perseguição religiosa no Egito. Leia aqui .
E mais...
De acordo com o Mideast Christian News, nesta terça-feira (13/08), o presidente interino do Egito, Adly Mansour, revelou o nome das 25 pessoas escolhidas como governadores. Dentre elas, nenhum cristão. De acordo com reportagem da agência de notícias Al-Ahram, dos 25 nomeados, 11 são ex-oficiais militares, dois são ex-comandantes da polícia.
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