A escolha do novo Papa será feita através de um Conclave que deverá ser agendado nos próximos dias. A eleição reúne cardeais do mundo todo, que votarão entre si para escolherem o novo pontífice.
Porém, a presença de cardeais acusados de envolvimento com casos de pedofilia na eleição tem causado protestos e polêmicas ao redor do mundo. O norte-americano Roger Mahony e o irlandês Sean Brady são acusados de ocultarem casos de pedofilia.
O cardeal Mahony, 77 anos, foi destituído de suas funções na igreja em janeiro de 2010 por não ter denunciado os casos de pedofilia de que havia tomado conhecimento. Apesar dos protestos que pedem sua renúncia à participação no Conclave, Mahony deu a entender, através de uma publicação em seu perfil no Twitter, que pretende participar da escolha do novo Papa: “Vossas preces são necessárias para que possamos escolher o melhor Papa para a Igreja de hoje e de amanhã, escreveu.
A revista católica Famiglia Cristiana publicou uma enquete perguntando aos leitores se o cardeal Mahony deveria participar da escolha do novo Papa, e as respostas em sua maioria foram negativas: “É preciso impedir que participe”, escreveu um dos leitores, que cobram ainda “novos sinais” de que a política adotada por Bento XVI de ter “tolerância zero” contra a pedofilia será mantida.
Já o caso de Sean Brady, 74 anos, envolve uma denúncia feita pela imprensa de seu país, que o acusa de ter participado de reuniões em que foi solicitado um voto de silêncio a duas crianças que foram vítimas de abusos por parte do padre Brendan Smyth, que faleceu em 1997 e é um dos padres pedófilos mais conhecidos da Irlanda.
Segundo informações do portal Terra, na época, Brady afirmou que não alertou os pais ou as autoridades civis porque havia participado da investigação como um observador, que deveria “apenas tomar notas e informar seus superiores”.
Há ainda o caso do cardeal belga Godfried Danneels, que é acusado pela imprensa de ter tomado conhecimento de 40 casos de pedofilia enquanto exercia o cargo de bispo primaz em seu país até janeiro de 2010. No entanto, Danneels alega nunca ter tomado conhecimento dos casos.
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