No mês de julho, a Comissão Eleitoral das Maldivas ordenou que todos os partidos, com excessão do Partido Progressista das Maldivas (PPM), registrem novamente todos seus eleitores, através da apresentação de impressões digitais. Os eleitores do PPM foram excluídos porque já apresentaram suas impressões digitais no registro de 2011.
Daniel, analista da Portas Abertas, comenta: “Já que os partidos políticos são financiados pelo Estado, ainda que parcialmente, e o nível do partido depende da dimensão de sua adesão, este movimento é compreensível. Por outro lado, é evidente que esta política afete o Partido Democrático das Maldivas (MDP), que é um partido de oposição, do ex-presidente Nasheed, já que é um partido composto de mais de 46 mil eleitores”.
O analista comenta que o Partido Democrático é surpreendentemente grande, num país com cerca de 350 mil cidadãos. “Mas o que chama mais a atenção nessa ordem de recadastramento, é que o governo está tentando controlar e monitorar seus cidadãos por todos os meios disponíveis, e fará isso sem exceções, aproveitando para numerar os religiosos”, alerta Daniel.
Na Classificação da Perseguição Religiosa, as Maldivas ocupam o 11° lugar e tem como principal fator de perseguição é o próprio Estado, que se considera um protetor do islã. A lei do país proíbe a conversão para outras religiões e os convertidos podem perder sua cidadania.
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