Os comentários do Papa sobre o Islã e a Jihad (Guerra Santa) continuaram provocando nesta segunda-feira cólera e indignação no mundo muçulmano, apesar dos lamentos públicos de Bento XVI.
Cerca de 500 manifestantes queimaram um boneco representando o Sumo Pontífice em Basra, no sul do Iraque, e incendiaram as bandeiras dos Estados Unidos e da Alemanha.
Diante do pedido do chefe religioso xiita, Mahmud al-Hassani, os manifestantes exigiram que o Papa se desculpe, enquanto que grupos iraquianos ligados à Al-Qaeda proferiam ameaças contra os ocidentais.
O braço armado iraquiano da Al-Qaeda, que controla uma aliança de grupos armados jihadistas, jurou que continuará com a Jihad (Guerra Santa) até a derrota do Ocidente. Outro grupo vinculado à Al-Qaeda, o Ansar al-Suna, também ameaçou os ocidentais pela internet, em particular a Itália. Para vocês temos a espada como resposta à sua arrogância, escreveu o grupo, que reivindicou numerosos ataques e execuções no Iraque.
Na Indonésia, mais de uma centena de membros de um grupo islamita radical, a Frente de Defensores do Islã, pediu a crucificação do Papa durante uma manifestação, afirmando que o profeta é sublime, o Papa é pequeno e vil.
Desde sexta-feira, foram cometidos vários atos de violência anticatólicos, principalmente contra igrejas. Uma religiosa italiana foi assassinada na Somália, mas não se pode estabelecer uma relação entre este fato e a polêmica atual.
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