Mais uma vez, as controversas leis de blasfêmia do Paquistão têm sido usadas indevidamente. Conforme a ANS descobriu, um clérigo muçulmano “forjou” um caso contra alguns cristãos locais e os denunciou pela acusação de blasfêmia, o que eles negam totalmente.
Investigações revelaram que um caso de polícia contra três membros de uma família cristã foram registrados na delegacia de Lahore.
Joseph Francis, chefe do centro de assistência legal e assentamento (CLAAS) relatou o sofrimento da família cristã em entrevista à ANS. Ele disse que “a pobre família cristã tem vivido em condições terríveis”. No recinto da delegacia local havia “pendurado uma cortina de pano na frente do banheiro para manter a privacidade”, e acrescenta que “eles não podiam pagar por um pedaço de madeira ou porta de aço para seu banheiro.”
Mas agora, em uma tática já conhecida, um muçulmano local disse que na cortina de pano, que ele chamou de cartaz, foram inscritos com versículos do Alcorão e que haviam profanado o nome de Maomé, embora não houvesse nenhuma evidência disso.
O autor, Moulvi (titulo para clérigo muçulmano) Muhammah Ibrahim, durante a as negociações de paz para tentar resolver a acusação de blasfêmia, disse que a família cristã pendurou um cartaz com versículos do Alcorão na frente do banheiro e, portanto, haviam profanado o Alcorão.
De acordo com uma equipe de investigação da CLAAS, os acusador de blasfêmia são: Yousaf Masif, líder da família cristã, sua esposa Bashiran Bibi e seu filho-de-lei Zahid Masih.
ANS estabeleceu que o time de advogados da CLAAS são : Tahir Bashir, Tahir Gull Saddiq, Tanvir Gill, Ashir Sarfraz e Nasir Anjum e eles estão trabalhando para defender a família sob a liderança do Mr. Francis como também um padre católico, Fr. William, Chaudhary Aashiq Masih, e outros dignatários cristãos que se reuniram com alguns homens muçulmanos, incluindo o autor Moulvi Muhammad Ibrahim, bem como outros muçulmanos para a reconciliação.
Joseph Francis disse que as conversações de paz foram feitas em “perfeita harmonia e serenidade” e os muçulmanos “asseguraram-nos que eles queriam co-existir pacificamente com os cristãos locais.”
Mas então 3.000 muçulmanos bloquearam a estrada e gritaram para que os cristãos supostamente envolvidos em blasfêmias fossem penalizados.
Dois cristãos, identificados como Laal Masih, conhecido como Lalla e James Masih, que tentaram acalmar a multidão muçulmana, foram presos e mais tarde liberados.
O chefe do CLASS, Joseph Francis disse que o queixoso muçulmano, desde então comprometeu-se em retirar a acusação e viver em “perfeita paz” com os cristãos locais durante as negociações.A Christian Liberation Front (CLF) também protestou contra a “fabricação” do caso de blasfêmia registrado contra a família cristã.
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