A cantora Claudia Leitterealizou uma entrevistapolêmica para a renomada revista secularRollling Stones falando sobre religião. Claudia Leitte se diz cristã, nasceu em famíliaevangélica, mas hoje não frequenta nenhumaigreja protestante. A carioca revelou que casou virgem por acreditar que esse é um princípio cristão.
Claudia Leitte costuma cantar e compor músicas para Deus e irá gravar uma participação no CD de Caroline Celica, pastora da Renascer e esposa do jogador Kaká.
Esta é a segunda parte da entrevista de Claudia Leitte na Rolling Stones.
Você diz não seguir religião alguma, mas é bastante religiosa. Depois de ficar famosa nenhuma religião se aproximou de você pensando que você poderia divulgá-la? Sim, com certeza. E isso te afasta mais da ideia de uma religião organizada?
Sim, porque eu não quero levar ninguém comigo pra religião nenhuma, de jeito nenhum. Eu quero cantar e ser feliz cantando, e dividir a felicidade com as pessoas. Eu acho que Deus não impõe. A moça que trabalhava lá em casa falava pra mim, “ah, meu pastor diz que eu não posso usar brinco”. Como uma pessoa pode dizer isso? Que coisa mais ditatorial! Não pode usar brinco por quê? Deus vai olhar para o seu coração, não pro seu corpo. Deus vai estar lá se importando com as roupas que você usa? Quantas pessoas usam uma saia até o pé e são super, hiper promíscuas? Ou então um assassino, que mata uma pessoa e depois diz “oh, meu Deus, meu Senhor” e vai pra igreja orar com a Bíblia? Isso é muito louco: o brinco, a roupa, a religiosidade… Elas não definem o caráter de ninguém. É difícil imaginar uma porta-voz melhor do que você para uma religião: jovem e casada, tem filho, é famosa, tem sucesso.
Eu quero ser é porta-voz de Deus, o que Deus fala através de mim, o tempo todo. Que eu seja mais Deus do que eu. É isso o que eu quero. O tempo todo eu acho que a gente precisa parar de brigar com a gente mesmo pra gente ser melhor.
Sua música também serve de pano de fundo para o que acontece com as pessoas que vão se divertir no trio elétrico: muita pegação, uma coisa muito sexualizada. Ao mesmo tempo, você é uma pessoa casada, com filho. Como você vê essa distância entre as pessoas e você?
Eu tenho uma responsabilidade maior como cidadã, porque eu tenho um microfone na mão. Eu acho que as pessoas são responsáveis pelas atitudes delas e o que eu faço ali em cima pode não mudar nada. O cara vai fazer o que ele quiser no meu show, independente do que eu faça ali. É melhor que eu esteja ali cantando se eu pensar que eu sou um exemplo, seria mais eficaz do que eu estar numa igreja cantando música gospel. “Eu estou levando as pessoas para a luz”. [risos]
Mas eu não penso desse jeito. É muita pretensão eu achar que vou fazer um show e todas as pessoas vão ficar boas porque o meu exemplo é bom. Eu não sou um bom exemplo de nada, só tenho uma vida assim porque eu escolhi.
Mas o que você acha dessa cultura da pegação no carnaval?
Acho que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Quer ir, fique à vontade, vá. Tudo tem consequência na vida. Eu escrevo muito sobre isso no meu blog. Cheguei numa festa aqui em São Paulo, no ABC, e tinham umas meninas lindas vomitando no lado do carro. Isso é bizarro!
Algumas vezes essas coisas viram para você também. Você repreende os rapazes da plateia que falam absurdos para você. Mas você também projeta uma imagem sensual. Como você impõe esse limite entre a percepção do público?
não gosto de vulgaridade e isso está explícito. Por exemplo: eu não gosto de biquíni fio-dental. Eu não usaria isso no palco porque não me sentiria à vontade, acho que isso seria ser excessiva no palco. E as opiniões das pessoas vão sempre divergir, vão olhar pra mim como um poço de sexualidade. Outras, como uma figura fashion. E outras vão dizer que eu sou brega. Isso vai acontecer ainda que eu esteja com a saia até a canela, lá embaixo. É normal. Acho que eu sou bem resolvida, então isso talvez me dê uma segurança para abusar da sensualidade. Sou mulher, a minha música é sensual: eu vou cantar axé sem colocar a perna de fora? Já fiz show em Campos do Jordão e estava, sei lá, seis graus e eu suei no palco, por causa da luz, da movimentação. Nem combina, né? É uma coisa tropical. Tenho que ser tropicaliente. Eu gosto disso, eu gosto da sensualidade, da vulgaridade não.
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