O governo da China anunciou que vai ampliar o uso de injeções letais como forma de execução, em vez do tradicional tiro na nuca, segundo informações de um alto oficial de justiça publicadas pelo jornal China Daily.
Jiang Xingchang, vice-presidente da Suprema Corte do Povo (SCP), disse que a decisão foi tomada porque as injeções letais são consideradas uma forma de execução mais humana.
Organizações de defesa dos direitos humanos afirmam que a China realiza mais execuções do que qualquer outro país.
O governo chinês, no entanto, vem gradualmente tentando diminuir o uso da pena capital, e no ano passado a Suprema Corte ordenou aos juízes que sejam mais econômicos ao condenar os prisioneiros.
Mudança
Segundo Jiang Xingchang, metade das Cortes Intermediárias do Povo – que realizam a maior parte das execuções – agora usam injeções letais. O funcionário afirmou que, eventualmente, o método será usado em todas as cortes intermediárias, mas não definiu um prazo para a mudança.
Pena de Morte na China
Acredita-se que a China execute mais prisioneiros do que todo o resto do mundo somado. Crimes não violentos, como fraude fiscal e enriquecimento ilícito são punidos com a morte. Outros crimes incluem assassinato, estupro, roubo e crimes ligados a drogas.
A China não divulga números oficiais sobre execuções e, em muitos casos as execuções são baseadas em confissões e julgamentos que geralmente duram menos de um dia, segundo observadores.
“A SCP vai ajudar as cortes intermediárias com todo o equipamento necessário e treinando mais profissionais, particularmente nas regiões oeste e central”, disse ele ao China Daily. Segundo o oficial, os prisioneiros no corredor da morte e suas famílias apoiaram a decisão.
Nos últimos meses, o uso da injeção letal passou a ser questionado nos Estados Unidos, por ser considerada uma forma desumana de execução. A Suprema Corte dos EUA está considerando um caso apresentado por dois prisioneiros que alegam que o método inflige dor e sofrimento desnecessários.
O principal juiz da China, Xiao Yang, disse ao China Daily que o país caminha para um uso mais limitado da punição, mas descartou sua extinção total.
“Nós não podemos falar sobre a abolição ou o controle do uso da pena de morte de maneira abstrata sem considerar a realidade e as condições de segurança social”, teria dito ele segundo o jornal.
A China não divulga estatísticas oficiais sobre pena de morte, mas a Anistia Internacional estima – baseada em informações da mídia local – que 1.060 pessoas foram executadas em 2006, mais do que 60% das execuções globais. Segundo o grupo, este número seria apenas a ponta do iceberg.
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