Em uma missão diplomática na Coreia do Norte, apresentada como uma “visita particular”, o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, foi encarregado de assegurar a libertação de Aijalion Mahle Gomes, um americano cristão de 30 anos, preso em janeiro e sentenciado a oito anos de trabalho pesado por entrar ilegalmente no país. A Agência Oficial do Regime KCNA declarou que Carter já tinha deixado a Coreia do Norte juntamente com Gomes: o regime, de acordo com a imprensa oficial e o Centro Carter, queria fazer um “gesto humanitário”.
As novas sobre a libertação de Gomes foram cumprimentadas com satisfação pelo governo americano, que salientou em um comunicado divulgado por meio do porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, que a visita de Carter à Coreia do Norte era de natureza privada e que “sua missão não foi organizada ou sugerida por Washington”. Gomes é um professor de inglês com profundas convicções religiosas. Até janeiro, ele vivia e trabalhava na Coreia do Sul, e, em 25 de janeiro, entrou no país comunista, talvez em protesto contra a situação opressora aos direitos humanos e liberdade religiosa.
Em sua breve missão em Pyongyang, Carter conseguiu outro resultado importante: a declaração de “disponibilidade” dos norte-coreanos em retomar o diálogo Six-Party na Península Coreana de desarmamento nuclear. Em sua reunião com o ex-presidente dos Estados Unidos, o número dois do regime, Kim Yong-mam expressou que “a Coreia do Norte deseja a desnuclearização da Península coreana e o recomeço do diálogo Six-Party”.
Entretanto, a visita do líder norte-coreano Kim Jong-il à China continuará. A visita surpresa do ditador, começando ontem com uma viagem de trem noturna, pareceu ser uma jornada ligada a de seu pai e fundador da Coreia do Norte, Kim I1-sung. Nesta manhã, o “querido líder” deixou a cidade no nordeste de Jilin, chefiado por Changchun, e avançou ao centro industrial, onde, de acordo com relatórios, Kim Jong-il é esperado para visitar algumas unidades de produção.
Ontem, o líder visitou uma escola em Jilin, onde seu pai estudou entre 1927 e 1930. Observadores disseram que a visita surpresa – e como sempre bem secreta – de Kim a China pretende obter o reconhecimento de seu aliado mais próximo para seu terceiro filho e sucessor, Kim Jong-il, e desatar o nó do diálogo Six-Party sobre a proliferação nuclear estagnada desde o final de 2008.
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