Caroline Celico (foto), 23, esposa de Kaká, 29, questionou a validade do dízimo ao afirmar que fazia uma leitura errada da Bíblia, literal. Ela deu um exemplo: “Numa passagem da Bíblia está escrito que para se curar da lepra era preciso dar sete mergulhos no rio Jordão. Então [eu pensava]: se Deus precisava que eu desse sete mergulhos, hoje Ele precisa que eu dê uma oferta, que eu entregue meu dízimo. E até meu dízimo não estar entregue, não vou receber meu milagre. Hoje vejo que Deus conhece o meu coração. Se eu entreguei ou não alguma coisa para Deus, Ele sabe o meu sentimento”.
Carol (como gosta de ser chamada) e Kaká se desligaram da Igreja Renascer ao final de 2010. Ela disse em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha desta sexta-feira (15), que não pretende seguir nenhuma religião. “Por enquanto não sinto falta dos rituais”, afirmou. “Mas não posso dizer ‘nunca mais’”.
Ela não quis falar sobre as causas de sua saída e a de Kaká da Renascer: “Foram por muitos motivos, mas não vou citá-los. Isso é uma coisa minha”. No ano passado, quando Carol escreveu no Twitter que “é bom não pertencer a nenhuma denominação”, especulou-se que o casal estava descontente com o apóstolo Estevam Hernandes, fundador da igreja, por causa da má administração e denúncias desvio do dízimo.
Kaká, além de ser usado como garoto-propaganda da Renascer, era o maior dizimista da denominação. Estima-se que só em 2009 ele tenha colocado R$ 2,4 milhões nas mãos de Hernandes.
Na entrevista, Carol deixou claro que rompeu com a teologia da prosperidade pregada pela Renascer, entre outras igrejas evangélicas. “Acreditei em coisas que não estavam na Bíblia”.
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