O brasileiro Thiago Fernandes, de 24 anos, está detido em uma prisão de Broward (The Joseph Conte Facility), sob a acusação de ter molestado sexualmente quatro crianças (leia mais). O rapaz, que é da Igreja da Lagoinha, confessou os crimes e, como não teve a fiança estipulada, vai aguardar o julgamento atrás das grades. Ele responderá por dez acusações e pode pegar prisão perpétua.

Morador de Coconut Creek, Thiago foi preso no dia 3 de julho, depois que um menino de 11 anos de idade disse que o brasileiro agarrou suas nádegas e ameaçou estuprá-lo no banheiro durante o culto de domingo, dia 1º de julho. A criança contou o fato aos pais, que fizeram a denúncia no Broward Sheriff’s Office. Os policiais disseram que, quando questionado, Fernandes admitiu o delito e confessou ter molestado outros três meninos da igreja nos últimos cinco anos – com idades entre 7 e 10 anos quando os abusos sexuais começaram.

Thiago atuava como diretor de louvor da Igreja da Lagoinha, com cerca de 120 membros. Segundo informações de conhecidos, ele é mineiro e está nos Estados Unidos há muitos anos. Seus pais vivem em New York e ele morava com um casal de americanos que frequentam a First Christian Church, onde a Igreja da Lagoinha ministra seus cultos. O jovem, aliás, também participava dos cultos da igreja americana, onde tocava piano e era responsável pela área musical. Um advogado da área penal aqui no sul da Flórida, que preferiu não se identificar, pois não conhece as particularidades do caso, acredita que processos semelhantes ao do brasileiro costumam ser concluídos com a condenação do réu à prisão perpétua.

Os membros da Igreja da Lagoinha ficaram perplexos com o acontecimento e o pastor da congregação divulgou, inclusive, uma nota oficial sobre o assunto (ver abaixo). “Ele sempre foi um rapaz educado e simpático. Estamos em estado de choque”, admitiu Andréia Cunha, secretária da comunidade da Lagoinha. Ela conta que o site da Igreja recebeu tanto mensagens de apoio quanto de pessoas indignadas. “A Igreja também é vítima nesta situação”, lembra Andréia.