Bolsonaro pode assumir a Comissão de Direitos Humanos
Ele conta com o apoio da bancada evangélica da Câmara para ocupar o cargo de Feliciano
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) quer substituir o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM).
Assim como no ano passado, os deputados acreditam que o Partido dos Trabalhadores (PT) não terá interesse em presidir a CDHM. “Não acredito que o PT vai se interessar pela comissão. Isso é desejo de uma minoria do PT. Eles vão querer algo maior”, disse Bolsonaro.
Para chegar à presidência, Bolsonaro precisa ser indicado por seu partido e ainda eleito pelos integrantes da Comissão, caminho que já está sendo articulado para que ele assuma a CDHM no próximo mês.
“Estou fechado com a bancada evangélica e tenho o apoio do líder do meu partido”, diz.
O PP terá o direito de presidir duas comissões este ano e as escolhas podem ser a Comissão de Agricultura e a dos Direitos Humanos. A única barreira que Bolsonaro pode enfrentar é a formada por alguns deputados do PT que querem voltar à CDHM, abandonada por eles no ano passado por conta da eleição de Marco Feliciano.
Assim como o deputado evangélico, Bolsonaro também é inimigo do movimento gay e mesmo sem ser evangélico tem comprado a briga política em defesa da família tradicional.
Ciente que pode enfrentar os mesmo problemas que Feliciano, Bolsonaro adianta que não tem medo das críticas. “Não estou preocupado com isso. Tiro de letra essas críticas. Sinto que já estou com um pé dentro da comissão”.
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