Um dos temas mais discutidos atualmente, principalmente entre os evangélicos, é a chamada causa gay. Muito se fala sobre os direitos dos homossexuais, e muito se discute sobre leis que falam sobre homofobia e união homoafetiva. Na esteira dessas questões Carlos Moreira, colunista do Blog Genizah, escreveu um texto no qual levanta a seguinte questão: “E se o filho pródigo fosse gay?”
No texto o blogueiro apresenta a hipótese de como seria a parábola se seu protagonista vivesse um dos temas mais discutidos na atualidade: o homossexualismo.
Levantando a ideia de como essa mudança de premissa mudaria todo o panorama da parábola descrita no Evangelho de Lucas, Moreira apresenta a pergunta: “O que aconteceria se, ao contextualizar o personagem as idiossincrasias de nosso tempo, atribuísse a ele uma orientação sexual homoafetiva?”
Comparando com situações que afirma já ter visto acontecer Moreira começa a comparação dizendo que nesse caso a saída do filho de casa seria diferente, pois “não seria o filho que pediria a herança ao pai para ‘cair no mundo’, mas o pai – ou a mãe – é que lhe botariam para fora de casa, se possível, apenas com a ‘roupa do corpo’”. E levando em conta a forma que o jovem teria saído de casa Moreira especula que “sem dinheiro, sem abrigo, sem auxílio ou amigos, aquele jovem, provavelmente, seria acolhido pelas ruas, encontraria uma nova ‘família’, formada por cafetões, traficantes, viciados e bandidos de toda sorte”.
O texto nos leva a pensar em seguida como seria a volta desse rapaz se, depois de totalmente jogado à margem da sociedade, decidisse voltar pra casa de seus pais. Segundo Moreira seria nesse momento que os problemas se mostrariam de verdade, pois “o pai não o estaria esperando e, surpreendido com sua “triste figura”, o rejeitaria mais uma vez”.
Fazendo novamente um paralelo com situações reais o blogueiro diz que não seria de se admirar se o rapaz ouvisse dos seus pais coisas como “eu não lhe avisei que não destruísse a sua vida? Que o que você estava fazendo era abominação ao Senhor?! Agora, viva com as consequências de seus atos!”.
Segundo Moreira, se essa situação acontecesse hoje com um filho hétero o mesmo não teria problemas ao retornar pra casa. “Quando a grana acabasse, e ele decidisse voltar para casa, o pai faria até festa para recebê-lo, pois o ‘garoto’ havia crescido, virado um ‘garanhão’, aprendido a beber e a fumar”, afirma o colunista defendendo que “a questão é puramente cultural, pois o que estamos tratando é de pecados mais ou menos aceitos socialmente, que carregam ou não preconceitos”.
Moreira completa dizendo que “Um filho pródigo ‘homem’ todo pai aceitaria. Mas, e se fosse gay? Bem, aí já é demais…”. Ele encerra o texto fazendo um apelo para que pais e mães de homossexuais não abandonem seus filhos e cita Gandhi ao falar que “tolerância é uma necessidade em todos os tempos e para todas as raças. Mas tolerância não significa aceitar o que se tolera”. Ainda falando aos pais ele afirma que “você [pai] não precisa concordar com tudo o que ele [filho homossexual] faz, mas necessita amá-lo por tudo que ele é!”.
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