O movimento feminista, impulsionado pela mídia e apresentado em uma embalagem que mostra a luta por igualdade de salários, defesa contra a violência doméstica e direito por decidir o que fazer com o próprio corpo, vem atraindo para si a atenção de muitas mulheres cristãs.
Em sentido contrário, algumas mulheres têm destacado a face oculta desse movimento, multifacetado e, quase sempre, conflitante com a prática de fé cristã. A ex-feminista Sara Winter é um exemplo que, após se dar conta do extremismo, abandonou o movimento, levou adiante sua gravidez e converteu-se ao Evangelho.
A blogueira norte-americana Kristen Clark publicou um extenso artigo, pontuando os motivos porque o feminismo, subdividido em movimentos como liberal, radical, marxista/socialista, moderado, igualitário, pós-moderno, separatista, cultural e/ou ecológico, não é compatível com a fé cristã.
De acordo com Kristen, “o campo mais amplamente anunciado e que parece ser o que mulheres cristãs tendem a juntar-se chama-se feminismo igualitário”.
Em seu blog, GirlDefined*, ela diz ter abordado o assunto algumas vezes, e sempre ter recebido comentários questionando os motivos pelos quais ela se opõe ao feminismo, já que, em tese, é um movimento que “luta pela igualdade entre homens e mulheres”.
“Há algo de errado em ser uma mulher cristã e rotular a si mesma como uma feminista? Bem, vamos verificar a definição do feminismo igualitário. Leia devagar. ‘Feminismo igualitário centra-se na obtenção de igualdade entre homens e mulheres em todas as áreas (trabalho, casa, sexualidade, lei)’. Parece bom. Mas você entendeu? Feminismo igualitário centra-se na obtenção de igualdade em todas as áreas. Em poucas palavras, significa isto: igualdade para as mulheres não vai acontecer até que todos os papéis tradicionais de gênero em todas as áreas sejam iguais… tipo as mesmas. Nós não somos iguais aos homens até que as mulheres possam trocar livremente os estilos de vida e os papéis com eles. Aos olhos da maioria das feministas, a igualdade significa que as mulheres devem ter os mesmos trabalhos que os homens. Mesmos planos de vida que os homens. Mesmos papéis no casamento que os homens. Mesmos papéis na criação dos filhos que os homens. Estou errada?”, contextualiza a blogueira.
Um dos pontos mais comuns a casais cristãos é que os papeis, embora complementares, são diferentes. Nesse ponto, Kristen afirma que há conflito entre as propostas do feminismo e esse conceito: “Pergunte a qualquer mulher que afirma ser uma feminista se ela é a favor de uma esposa submeter-se a seu marido no casamento. Ela raramente vai dizer sim. Por quê? Porque ela acredita que igualdade com os homens significa ‘não ter distinção’. O feminismo igualitário se veste de uma forma encantadora com um sorriso e diz: ‘Nós somos mulheres inocentes… tudo o que realmente desejamos é ser vistas como igualmente valiosas quanto os homens’ […] O feminismo sempre coloca a ‘igualdade’ na frente da câmera porque é o lado mais atraente. E é exatamente por isso que recebemos e-mails de meninas cristãs perguntando por que somos contra o feminismo. Elas veem a encantadora ponta do iceberg feminista e se perguntam, ‘por que um site cristão como GirlDefined é contra as mulheres terem o mesmo valor que os homens?’ Se essas meninas mergulhassem suas cabeças debaixo d’água, elas rapidamente veriam a gigantesca massa escondida”, opina.
“Desde o início dos tempos, Deus claramente definiu que ‘Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou’ (Gênesis 1:27). Seres humanos igualmente valiosos. MAS… Não termina aí. O homem e a mulher foram criados por Deus para serem iguais em valor, mas diferentes em papéis. Deus não nos projetou para sermos idênticos. Ele não nos projetou para fazermos as mesmas coisas. Ele criou um homem e uma mulher com diferentes funções e trabalhos. Ele criou dois gêneros diferentes de propósito e com um propósito. A maioria das feministas não gostam muito do desígnio de Deus para os gêneros. Elas não gostam da ideia de o homem ser apelidado como o principal líder, iniciador, e provedor. Elas não gostam da ideia de Eva ter sido criada como uma auxiliadora de Adão. Elas simplesmente não gostam dessas coisas”, aponta Kristen.
Aprofundando sua análise no sentido de fé, a blogueira observa que os conflitos vão além do âmbito doutrinário adotado pela religião cristã: “O feminismo tem rejeitado a Deus como a autoridade final para a vida, e tomou o seu trono. O deus do feminismo orgulhosamente diz: ‘Eu sei melhor do que Deus e vou viver a minha feminilidade como eu acho que é o melhor’. Além de não gostar do projeto de Deus para os gêneros, o feminismo igualitário significa muito mais do que o seu nome amigável sugere. Se você fizer um pouco o dever de casa você vai descobrir rapidamente quantas outras questões de ‘direitos das mulheres’ o feminismo igualitário promove […] quase todos os grupos feministas estão fortemente seguindo: o direito da mulher de abortar (homicídio) seu bebê; o lesbianismo e o direito de as mulheres se casarem com mulheres; libertação completa de limites sexuais e morais; liberdade de papéis tradicionais de gênero no casamento; rejeição de Deus como a autoridade final na vida […] Eu não sei você, mas esses são alguns direitos gravemente antibíblicos. Certo?”.
Dirigindo-se às mulheres cristãs atraídas pela mensagem feminista, Kristen Clark sugere uma reflexão sobre a que o feminismo está associado, a fim de entender por completo do que se trata esse movimento.
“Aqui está a verdade difícil de engolir: como uma mulher cristã, você não pode concordar 100% com a Palavra de Deus e concordar 100% com o feminismo ao mesmo tempo. Eles simplesmente não se misturam na maioria das áreas. Na verdade, se nós jogarmos todas as ideologias feministas na mesma panela, a Bíblia seria fortemente oposta a 99% dela. Em sua raiz, o feminismo é construído sobre uma fundação completamente desprovida de Deus. O movimento feminista é tecido com o mesmo pecado cometido por Satanás no início dos tempos. Um coração rebelde que orgulhosamente diz: ‘Eu não preciso de você, Deus. Obrigado, mas eu vou fazer as coisas do meu jeito’. Quando rejeitamos ordens e propósitos criados por Deus para nossas vidas como mulheres, não vamos encontrar a felicidade duradoura […] Como diz C. S. Lewis, ‘Deus não pode nos dar uma felicidade e paz para além de si mesmo, porque não há. Não existe’”, aconselha.
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