O bispo Edir Macedo foi homenageado pelos ativistas do Grupo Gay da Bahia (GGB) por suas recentes declarações sobre como a Igreja Universal do Reino de Deus enxerga a questão da homossexualidade.
Em meio a todo o burburinho causado pela conversão da modelo Andressa Urach, a denominação passou a ser questionada sobre sua postura a respeito da homossexualidade, já que a nova fiel possui muitos fãs homossexuais.
À época, Macedo afirmou que homossexuais são bem-vindos em sua denominação, e que no Evangelho, as relações entre pessoas do mesmo sexo são um pecado como qualquer outro, portanto, ao alcance do perdão divino.
“Nossa missão é pregar o Evangelho a toda criatura, independentemente do que ela é, faz ou deixa de fazer. São criaturas humanas que carecem de conhecimento do Evangelho como quaisquer outras […] A conversão não depende de bispos, de pastores e da Universal. É uma obra exclusiva do Espírito de Deus. Como disse, nossa missão é pregar o Evangelho. O resto fica por conta de Deus”, contextualizou.
Semanas antes, em um sermão, o bispo também havia se posicionado de forma aberta sobre a questão: “Deus não quer nada imposto. E nós na Igreja Universal não impomos nada a ninguém […] Há muitos crentes, pastores e igrejas levantando uma bandeira contra o movimento gay, contra o casamento de homossexuais. Eu pergunto: Jesus faria isso se estivesse vivendo no nosso tempo? Eu não creio que Ele faria. Porque no tempo d’Ele já havia homossexuais e Jesus não falou nada. Jesus não levantou uma bandeira, falando: ‘Olha, vocês têm que falar contra o homossexualismo, que é proibido, que não deve”, afirmou.
Ainda sobre a questão, disse que não se envolveria nas polêmicas existentes na sociedade: “Eu não vou levantar bandeira criticando a pessoa porque ela é homossexual, porque um homem vai casar com outro homem, uma mulher vai casar com outra mulher. Isso é problema deles. Deus nos deu o direito de escolher, de optar na nossa vida. Cada um segue a sua fé. Se a pessoa tem fé para ser homossexual é problema dela. É uma situação pessoal, não sou eu que vou impor a minha fé para ela, de forma nenhuma. Nem Deus faz isso”, concluiu.
Agora, o GGB resolveu homenagear o líder neopentecostal por considerá-lo uma das pessoas “amigas” da comunidade LGBT, segundo informações do jornal A Tarde. Além de Macedo, outras 37 pessoas receberam o “Oscar Gay 2015”, como por exemplo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e os jornalistas Galvão Bueno e Pedro Bial “por se deixarem fotografar dando ‘selinho’ nos bastidores de especial da Globo”.
Agora “amigo” dos militantes homossexuais, Macedo nem sempre foi tão receptivo aos gays. Anos atrás, o líder da Universal protagonizou cenas peculiares de exorcismo de homossexuais durante cultos e programas da Igreja Universal.
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