Por Kathleen Gilbert / Tradução: Julio Severo
Depois de reportagens de ceticismo generalizado acerca de seu cristianismo professado, o presidente Obama na terça-feira invocou os ensinos de Jesus Cristo como a inspiração para sua agenda pública, que ele chamou de parte de um “esforço para expressar minha fé cristã” – e logo em seguida defendeu a matança legalizada de bebês em gestação.
Quando uma professora assistente perguntou a ele o motivo por que ele era cristão durante uma sessão de perguntas e respostas na assembleia municipal na cidade de Albuquerque, o presidente respondeu: “Sou cristão por escolha”.
O presidente confessou que seus pais “não eram gente que ia a igreja toda semana” e que sua mãe “não me criou na igreja”. “Vim à minha fé cristã mais tarde na vida, e foi porque os preceitos de Jesus Cristo falaram comigo em termos do tipo de vida que eu queria levar – ser responsável por meus irmãos e irmãs, tratar os outros como eles me tratariam”, disse ele.
Obama continuou: “E penso também que compreendendo que Jesus Cristo morreu por meus pecados me fez refletir na humildade que nós todos temos de ter como seres humanos, que somos pecadores e temos falhas e cometemos erros, e que só alcançamos a salvação por meio da graça de Deus. Mas o que podemos fazer, já que somos falhos, é ainda ver Deus nas outras pessoas e fazer o melhor que pudermos para ajudá-las a encontrar sua própria graça”.
“E eu me esforço para fazer isso. Eu oro todos os dias para fazer isso. Penso que meu serviço público é parte desse esforço de expressar minha fé cristã”, disse ele.
Mas o presidente então passou repentinamente a defender a matança legal de bebês em gestação quando a mesma mulher perguntou sobre impor restrições ao procedimento do aborto.
“Agora, com respeito à questão do aborto, realmente penso – o que quero dizer é que há leis a nível federal, estadual e constitucional que estão em vigor”, disse ele. “E penso que essa é uma área em que acho que Bill Clinton tinha a fórmula certa há duas décadas – que o aborto tem de ser seguro, legal e raro”.
Obama exortou a audiência a “reconhecer” a matança de bebês em gestação como “uma situação difícil e às vezes trágica com que as famílias estejam batalhando”. “Penso que as famílias e as mulheres envolvidas são aqueles que devem fazer as decisões, não o governo”, disse ele, acrescentando: “Penso realmente que há inúmeras leis que após certo período de tempo, os interesses mudam de tal forma que poderá haver algumas restrições, por exemplo, nos abortos realizados no último trimestre da gravidez, e de forma bem apropriada”.
Como senador de Illinois e do Congresso dos EUA, Obama nunca votou a favor de uma restrição ao aborto, apoiando até mesmo o horrendo procedimento de aborto de nascimento parcial [onde o bebê é morto já em época de parto] e votando contra toda lei estadual para proteger os bebês que sobrevivessem durante uma operação de aborto.
Desde que chegou à Casa Branca, ele solidificou seu registro 100% pró-aborto buscando dar maiores financiamentos para organizações abortistas nos EUA e em outros países. Ao elaborar a reforma da saúde pública federal, o governo de Obama trabalhou intimamente com a Federal de Planejamento Familiar, a maior organização de aborto dos EUA, à qual ele prometera em 2007 que a saúde reprodutiva estaria “no centro, no coração” de seus planos de saúde pública.
A devoção de Obama ao aborto não é o único aspecto de uma agenda pública em conflito evidente com a cosmovisão cristã.
Obama tem adotado uma postura cada vez mais agressiva contra os valores cristãos sobre casamento e a família ao atrair grupos homossexuais de pressão política e vem promovendo o fim da Lei Federal de Defesa do Casamento, a revogação da proibição de homossexualidade assumida nas forças armadas dos EUA e a adoção gay. Obama também liderou com muito sucesso a inclusão do termo “orientação sexual” como uma característica protegida pelo governo federal junto com raça e religião nas leis federais contra “crimes de ódio”.
Uma pesquisa do Centro de Pesquisas Pew em agosto revelou que aproximadamente um em cinco americanos crê que Obama é muçulmano, e só um em três crê que ele é adepto da religião que ele afirma; 43 por cento disseram que estavam incertos. A Casa Branca rapidamente respondeu às pesquisas de opinião pública, afirmando que “campanhas de desinformação” direitistas haviam produzido os resultados.
Entretanto, os céticos provavelmente permaneceram apáticos quando, depois que os resultados do Pew foram coletados, Obama apoiou a proposta de se construir um centro comunitário islâmico e mesquita perto do local onde ocorreu o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. O presidente anunciou seu apoio num banquete na Casa Branca celebrando o jejum muçulmano do Ramadã.
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