O grupo CSW recebeu com prazer a notícia da libertação do missionário coreano-americano preso na Coreia do Norte (saiba mais), mas pede que a comunidade internacional intensifique a pressão sobre o país, em favor da libertação dos 200.000 prisioneiros que padecem nos campos de trabalho forçado da Coreia do Norte.
De acordo com informações internacionais, Robert Park foi considerado pálido e enfraquecido por sua família no aeroporto internacional de Los Angeles neste fim de semana.
"Celebramos a libertação, pela Coreia do Norte, de Robert Park, que chegou a Pequim esta manhã Park é ajudado por agentes consulares da embaixada, enquanto se prepara para voltar, ainda hoje, aos Estados Unidos", declarou à AFP Susan Stevenson, porta-voz da embaixada americana em Pequim.
O americano, de 28 anos, que vive em Tucson (Arizona, sudoeste dos EUA), desembarcou na manhã deste sábado no aeroporto da capital chinesa, procedente de Pyongyang.
No dia 25 de dezembro ele atravessou o congelado rio Tumen, que separa a China da Coreia do Norte.
A associação "Vida e Liberdade para todos os norte-coreanos: 2009", da qual ele é membro, informou que o americano tinha uma mensagem para o presidente norte-coreano Kim Jong-il, com pedidos de libertação para os presos políticos e a adoção de medidas para garantir melhores condições de vida e mais proteção aos direitos humanos no país.
A diplomacia americana informou na sexta-feira que a libertação de Park não foi objeto de negociação.
"A Coreia do Norte decidiu, com indulgência, perdoar e libertá-lo, depois de ter levado em consideração sua confissão e arrependimento sincero", afirmava um comunicado oficial divulgado na sexta-feira pela agência oficial KCNA.
A agência também divulgou o que apresentou como uma entrevista de Robert Park, que afirma ter sido "enganado" pela "propaganda" ocidental contra a Coreia do Norte.
"Cruzei a fronteira devido a minha compreensão ruim da República Democrática Popular da Coreia do Norte (DPRK), produto da propaganda falsa que é feita no Ocidente para prejudicar a imagem do regime", declarou o missionário, segundo a KCNA.
De acordo com a suposta entrevista, Park afirma que foi tratado de "forma cuidadosa" e reconhece que "a liberdade religiosa está plenamente garantida na Coreia do Norte".
Militantes dos direitos humanos, no entanto, duvidaram da entrevista e afirmaram que Park falou sob ameaças.
Ao chegar a Pequim, Park não fez declarações à imprensa.
Um segundo cidadão americano foi detido em 25 de janeiro por ter entrado ilegalmente na Coreia do Norte, informou Pyongyang no fim de janeiro.
Mervyn Thomas, chefe executivo do CSW, disse: “A libertação de Robert Park deve ser vista à luz do terrível histórico de direitos humanos da Coreia do Norte, em que missionários foram soltos após fazer falsas confissões sob tortura e subjugação.
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