Um cidadão russo foi deportado do Turcomenistão por causa de sua atividade religiosa.
O Turcomenistão está localizado na Ásia Central, na fronteira com o Mar Cáspio, entre o Irã e o Cazaquistão.
Aleksandr Frolov foi deportado do Turcomenistão em 10 de junho por causa de suas atividades na comunidade cristã Batista, informou a agência de notícias Forum 18.
A deportação de Frolov o separa de sua esposa, uma cidadã turcomana, de seu filho de três anos e de sua filha de cinco meses. A família reside em Turkmenabad, no leste do Turcomenistão.
O Serviço de Migração do Estado do Turcomenistão, na capital Ashgabad, negou discutir a deportação de Frolov.
Não podemos responder tais perguntas por telefone, informou um funcionário na sede do Serviço de Migração. Mais tarde, uma outra ligação não foi atendida.
A Embaixada Russa em Ashgabad também negou comentar o caso, segundo o Forum 18.
Um indivíduo, ao atender ao telefone da embaixada, disse que esse é um assunto consular, e diz respeito ao Consulado. Contudo, após receber os detalhes do caso, um funcionário do Consulado, que não informou seu nome, recusou-se a dizer o que a Embaixada faria para ajudar Frolov e se faria alguma coisa.
Não tenho autorização para fornecer tal informação, disse ele, encerrando a conversa.
Forum 18 informou que os batistas locais contaram que os recentes problemas de Frolov começaram no início deste ano, depois de ter visitado a Rússia. No seu retorno pelo Cazaquistão, a literatura que ele estava trazendo junto com ele foi confiscada pelos guardas turcomanos que trabalham na fronteira.
Em 24 de março, logo depois de seu retorno, o Forum 18 informou que três funcionários do Serviço de Migração, liderado pelo tenente Merdan Melebaev e um funcionários do departamento que registra cidadãos estrangeiros, foram até a casa de Frolov e confiscaram seu alvará de residência.
Os oficiais deram suas justificativas, declarando a tentativa de Frolov de importar a literatura cristã, a sua omissão em notificar o Serviço de Migração de sua saída do país, e a realização de cultos em sua casa. Essas três acusações foram feitas verbalmente a ele, informaram os batistas.
Ameaças de deportação
De acordo com uma nova Lei de Migração de dezembro de 2005, cidadãos estrangeiros que vivem no Turcomenistão devem informar ao escritório local do Serviço de Migração onde eles vivem, se eles moram no país, e se eles irão para o exterior ou viajar dentro do país. Entretanto, o Forum 18 informou que a lei não deixa claro quanto tempo tais visitas devem durar antes do Serviço de Migração ser informado da visita.
Além da deportação de Frolov, seu alvará de residência foi cancelado. Batistas locais foram convocados para orar e clamar por Frolov para que ele receba permissão de retornar para sua casa e para sua família. Eles também solicitaram que a congregação batista local tenha permissão para realizar cultos livremente, que acabem as restrições quanto ao recebimento de literatura cristã e quanto aos cristãos poderem viajar livremente para visitar outras igrejas.
Frolov, que tem recebido ameaças de deportação nos últimos anos, esteve entre um número de membros de igreja multados em junho de 2003, depois de uma invasão policial na congregação batista em Turkmenabad. Embora ele novamente tenha recebido ameaças de funcionários, a ameaça não foi concretizada naquela época. A invasão veio durante uma onda particularmente intensa de atividade anti-religiosa, quando muitas comunidades protestantes, hare krishnas e testemunhas de Jeová foram sujeitas às batidas policiais, multas e outras pressões.
Forum 18 informou que os batistas também reclamam das negações recentes da permissão de saída ao batista e ex-prisioneiro religioso Shageldy Atakov, que em 25 de maio foi levado em um vôo de Moscou pelos funcionários da polícia secreta do MSS ao aeroporto de Ashgabad, um pouco antes da partida. Os batistas contaram que o Serviço de Migração ainda não respondeu à carta de Atakov, solicitando o motivo pelo qual ele foi proibido de partir de sua terra natal.
Salvação aos que estão morrendo
Frolov e Atakov são membros do Conselho das Igrejas Batistas, cujos membros recusam, por princípio, registrar suas congregações em quaisquer dos ex-estados soviéticos, argumentando que tal registro implicaria a interferência estatal não justificada em sua atividade religiosa. Os batistas reclamam do que eles chamam de incessante perseguição no Turcomenistão.
Segundo o Forum 18, os batistas afirmaram: "Os cristãos de nossa comunidade naquele local não têm permissão para realizar cultos calmamente, seus encontros foram interrompidos, os membros presentes foram multados e algumas vezes surrados, e vários foram deportados do país e suas casas confiscadas. Aqueles que amam Cristo suportam, porque isso os permitiu levar a salvação aos pecadores que estão morrendo.
Forum 18 informou que, pelo menos, seis famílias batistas estavam entre as centenas de muçulmanos, cristãos, hare krishnas e testemunhas de Jeová deportados do Turcomenistão - principalmente na segunda metade da década de 1990 - em retaliação à sua atividade religiosa. Quase todos eram cidadãos estrangeiros que viviam e trabalhavam no Turcomenistão legalmente, apesar de, pelo menos, um deles ser cidadão turcomano.
As deportações fazem parte de uma política de longo prazo que trata do isolamento de religiosos de seus irmãos no exterior, que também inclui negação de vistos de entrada a cidadãos estrangeiros que desejam visitar comunidades religiosas no Turcomenistão.
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