Em março, os camponeses da aldeia cristã de Mdandi, em Tafawa Balewa, estavam ocupados com a colheita e se preparavam para a nova temporada de plantação. No dia 27 de março, uma multidão de muçulmanos extremistas desceu para a cidade de Mdandi, destruindo casas e expulsando os cristãos que moravam ali.
O ataque a Mdandi foi precedido por uma investida feita em 10 de fevereiro, quando muçulmanos entraram em conflito com jovens cristãos. Alguns dos cristãos que estavam presentes nesse dia foram feridos.
“No primeiro ataque, tentamos proteger a nós mesmos e a nossas famílias”, disse Luka Zafi, pastor da Igreja de Cristo na Nigéria (COCIN). “Eles perceberam que não conseguiriam nos expulsar, então desistiram. Nós pensamos que não seríamos atacados novamente, mas eles saíram e retornaram mais uma vez, e todos armados com metralhadoras. Nós não poderíamos lutar, já que não tínhamos o mesmo armamento que eles. Então fugimos da aldeia e eles destruíram nossas duas igrejas e nossas casas”, disse ele.
O Pastor Zafi, cuja casa foi demolida em 27 de março, disse que o edifício de sua igreja junto com o templo de uma igreja católica foram incendiados. Muitos cristãos tiveram de ser deslocados para outras regiões do país.
O Pastor Zafi ainda disse que sua igreja tinha cerca de 50 membros, que agora foram dispersos por várias aldeias. Ele lamenta que as vítimas do ataque ainda não recebam nenhuma assistência do governo federal ou estadual. “Se nada for feito com relação a essa situação, receio que os cristãos nesta parte do país sejam extintos.”
Uma das razões para a lentidão do governo em investigar as ações islâmicas, além do descaso de agências de notícias ocidentais, é que eles são acusados de roubar o gado da população muçulmana nômade, relatam os cristãos. Mas segundo os próprios cristãos, nem todas as pessoas da região sabem que os agricultores cristãos possuem gado.
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