Depois da polêmica causada por um cartaz criado para promover a parada gay em Maringá (PR), que mostra a catedral da cidade sendo “explodida” por um arco-íris, símbolo do movimento homossexual, o arcebispo dom Anuar Battisti planeja a criação da Pastoral da Diversidade pela igreja paranaense.
A polêmica começou com um cartaz criado pela artista plástica Elisa Riemer, para divulgar a Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de Maringá, marcada para 20 de maio. Inspirada na capa do álbum “The Dark Side of the Moon”, da banda britânica Pink Floyd, o cartaz mostra a foto da Basílica Nossa Senhora da Glória refletindo a explosão de um facho de luz com as cores do arco-íris.
O cartaz desagradou os católicos da cidade e o arcebispo dom Anuar Battisti, que comentou sobre o uso da imagem da igreja. Em nota o líder católico lamentou “o uso dado ao cartaz, que confronta com o pensamento e a opinião religiosa da parcela maior da comunidade maringaense”.
Depois da polêmica envolvendo a imagem, Battisti se encontrou com o representante do movimento gay da cidade e responsável pelo Maringay, Luiz Modesto, para conversar. Em tom de aproximação o arcebispo afirmou: “Estamos abertos à discussão e dispostos a falar dos problemas enfrentados por eles”.
Após a conversa, Modesto afirmou ao portal UOL que o arcebispo entendeu que o cartaz foi para ampliar o diálogo sobre a homofobia, e afirmou ainda que o religioso planeja criar uma pastoral para tratar do assunto na cidade. “Dom Anuar nos disse que a preocupação maior deve ser contra a violência e não contra o movimento. Ele ficou comovido e nos deu um indicativo para a criação da Pastoral da Diversidade em Maringá”, contou o líder do movimento LGBT.
“Para as pessoas que entenderam o cartaz como provocação, eu peço desculpas sinceras. O objetivo maior era criar um diálogo sobre o assunto. E conseguimos”, concluiu Luiz Modesto, sobre a polêmica envolvendo o cartaz.
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