A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch pediu ao rei Abdullah, da Arábia Saudita, que suspenda a execução de uma mulher condenada à morte no país, acusada de bruxaria.
“O rei Abdullah deve suspender a execução de Fawza Falih e anular sua condenação por bruxaria”, escreveu a organização humanitária em uma carta enviada ao soberano do país ultraconservador que segue rigidamente a sharia, a lei muçulmana.
A organização declarou que a polícia religiosa que prendeu e interrogou a mulher e os juízes que a julgaram “não lhe deram em nenhum momento a possibilidade de provar sua inocência contra acusações absurdas”.
Fawza foi presa em maio de 2005 e condenada à morte em abril de 2006, por “suposto crime de bruxaria, recurso ao demônio e sacrifício” de animais, segundo a Human Rights Watch.
“O fato de tribunais sauditas continuarem a realizar processos por crimes não verificáveis evidencia sua incapacidade de conduzir investigações criminais objetivas”, comentou o responsável pela organização humanitária no Oriente Médio, Joe Stork.
A associação afirmou que em 2 de novembro passado um farmacêutico egípcio, Mustafa Ibrahim, que trabalhava no norte da Arábia Saudita, foi decapitado após ser considerado culpado de práticas de bruxaria.
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