O cantor e pastor André Valadão publicou, recentemente, um vídeo em que faz uma propaganda da operadora de TV por assinatura Claro, e afirmou que a empresa era sua parceira de evangelismo.
O vídeo repercutiu intensamente nas redes sociais e gerou críticas ao cantor por causa da menção, indireta, ao nome de Deus na propaganda.
“Oi pessoal, a Claro é parceira, tem me ajudado na evangelização nos quatro cantos do Brasil e tem promos especiais para você hoje”, diz André Valadão no vídeo.
Na legenda do vídeo, publicado em sua página no Facebook, André Valadão tratou de apresentar seu argumento previamente: “Quantos no mundo tem apoio de empresas que incentivam ao pecado, destruição… e hoje tenho com a Claro a oportunidade de levar luz! Deus abençoe”.
Porém, o gesto do cantor não foi suficiente para evitar as críticas: “Até que ponto uma estrela gospel adoradora de Mamom é capaz de chegar para obter benefício para si? O cantor André Valadão, pastor na Igreja Batista da Lagoinha, um verdadeiro celeiro de heresias e modismos – diga-se de passagem – publicou um vídeo em sua fanpage onde louva a Deus pela ‘Claro Parceira’, e faz um belo merchandising da empresa, oferecendo seus serviços ao rebanho gospel”, disparou Leonardo Gonçalves, pastor e missionário blogueiro do Púlpito Cristão.
Gonçalves foi além e apontou que, no meio gospel, há um empenho em justificar certas ações alegando que tais gestos são para o crescimento do reino de Deus.
“O discurso de André não é novo. Parece que a lei que impera entre as celebridades do gênero gospel é a seguinte: Enquanto a empresa ‘X’ ou a TV ‘Y’ não me oferece vantagens ou benefícios pessoais, elas são do diabo, mas quando essas mesmas empresas oferecem alguma vantagem, lucro, emprego, elas são rapidamente beatificadas. Foi assim com a Globo, que antes era do demônio, mas foi redimida assim que começou a organizar o Festival Promessas e incluir em seus programas vários pastores e artistas evangélicos”, relembrou.
O pastor blogueiro ainda citou o mesmo comportamento em relação à gravadora do Grupo Globo, com a qual o próprio André Valadão mantém contrato: “A mesma coisa aconteceu com a Som Livre, que era uma gravadora ‘do mal’, do ‘belzebu’, ‘mundana’, mas foi rapidamente redimida ao contratar artistas do meio gospel para gravarem com o seu selo. Como esquecer do empalagoso jargão ‘você adora, a Som Livre toca’? De fato, como observou o mano Rodolfo Abrantes (esse sim, um cara que até o momento não se curvou ao Mamom evangélico), ‘a Som Livre só toca, ela não adora’”, escreveu.
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