Entre todas as acusações sobre os abusos da América aos direitos humanos no Iraque e na baía de Guantánamo, os defensores do governo sempre apontam para a geral falta de discriminação contra os muçulmanos nesses países. Depois do 11 de setembro, George Bush saiu em defesa dos muçulmanos americanos. Contudo, estão crescendo as queixas sobre maus tratos e discriminação na América.
A última evidência vem do Conselho sobre Relações Americano-Islâmicas (CRAI). No ano passado, esse grupo de direitos civis recebeu 1.019 relatos confiáveis de discriminação anti-muçulmana - comparados a apenas 602 em 2002. Os incidentes, detalhados num relatório publicado esta semana, vão de difamação religiosa e recusas por escolas e empregadores em permitir que mulheres usem o hijab (lenço de cabeça), a pessoas vandalizando mesquitas e ataques físicos a muçulmanos. Uma terceira queixa citou agências do governo, como a polícia, como a parte ofensora, e quase 25% dos relatos vieram da Califórnia.
O aumento se deve parcialmente ao amplo monitoramento da CRAI de tais queixas. Mas Mohamed Nimer, diretor de pesquisa da organização, acha que o aumento é em grande parte atribuível a outros fatores, incluindo a guerra no Iraque e à retórica anti-muçulmana, particularmente do direito religioso e sobre programa de rádio. O relatório critica também a Lei Patriota Americana, principal lei antiterrorismo da administração Bush, que muitos muçulmanos alegam ser discriminatória.
A raiva entre os muçulmanos americanos precisa ser comparada com muitas coisas - não é pior do que os abusos aos direitos humanos nos países dos quais muitos muçulmanos americanos fugiram. Pelo menos anedoticamente, parece haver um lado mais brilhante para a ansiedade da América a respeito do islamismo. Como diz Ashraf El Ezz, um americano-egípcio que vive em Lexington, Kentucky, mais americanos estão tentando aprender a respeito da religião através de visitas escolares a mesquitas e assim por diante; e mais muçulmanos americanos estão aprendendo a organizar-se politicamente. Seus votos serão muito procurados depois de novembro.
(Este artigo foi transcrito da revista The Economist de 6 de maio de 2004)
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