O Marrocos, um dos países árabes muçulmanos mais moderados, tem causado impactos em toda a comunidade exilada lá. Desde 6 de março, mais de 40 estrangeiros que moravam no país foram expulsos ou deportados repentinamente. Muitos foram presos e interrogados antes de sua expulsão. Isso aconteceu em muitos lugares em todo o país, com pessoas de pelo menos oito nacionalidades diferentes.
Os que foram expulsos não receberam explicações que justificassem o acontecido. Apenas foi dito que o visto de permanência deles no país havia sido revogado. No dia 11 de março, o governo marroquino fez uma declaração pública de que essas pessoas eram culpadas de proselitismo.
Algumas das pessoas estavam envolvidas em trabalhos humanitários, como os diretores do orfanato em Ain Leuh. Outros, envolvidos em negócios. Muitos trabalhavam com parceiros do país e eram muito respeitados nas comunidades onde trabalhavam.
A acusação feita pelo governo de que essas pessoas eram culpadas de proselitismo foi “acompanhada” por uma declaração de que o Marrocos tolera todas as religiões e defende a “liberdade religiosa”. A acusação de proselitismo indica que o governo acredita que essas pessoas violaram a lei ao fazer uso de atrativos ou pressão para influenciar os marroquinos a mudar de religião.
Em nenhum dos casos as autoridades marroquinas apresentaram evidências ou explicações de como isso havia sido feito. Continua a ser uma acusação sem fundamentos. Muitos dos envolvidos moraram no Marrocos por muitos anos e nunca foram acusados de atividades ilegais.
Estima-se que existam de 1.000 a 3.000 cristãos no Marrocos. Apesar de os cristãos exilados terem liberdade de se reunir para cultuar, os marroquinos não têm essa liberdade.
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