Meses após a polêmica iniciada em torno da figura de Marco Feliciano (PSC-SP) devido às suas declarações polêmicas, consideradas homófobas e racistas, parte da mobilização de internautas contra o pastor parece estar diminuindo.
Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o abaixo-assinado promovido pela Avaaz contra Feliciano perdeu fôlego, e teria registrado poucas adesões nos últimos dias.
“Depois do impulso inicial, que fez com que, entre 28 de fevereiro e 22 de março, o documento chegasse a 450 mil assinaturas, o ritmo diminuiu. Desse dia até sexta-feira (3), a página postada no site Avaaz teve a adesão de apenas mais 22,6 mil pessoas, somando 472 mil”, escreveu a jornalista, em sua coluna no site do jornal.
A meta da Avaaz é alcançar aproximadamente 500 mil assinaturas em seu abaixo-assinado, para voltar a protestar contra Feliciano e pedir sua saída da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.
Ainda de acordo com Bergamo, a manifestação pró-Feliciano, que recolhe assinaturas em seu site, conta com mais de 943 mil adesões. Entretanto, a jornalista afirma que apesar de o sistema solicitar o número de CEP e e-mail, é possível que uma pessoa assine o manifesto mais de uma vez.
“Cura Gay”
Mesmo após protestos de parlamentares e ativistas gays, o projeto de lei de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) – que prevê a derrubada da determinação do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que proíbe os profissionais da área de atenderem homossexuais que busquem orientação profissional para mudança de orientação sexual – está mantido na pauta de votação desta semana da CDHM.
Apelidado de “cura gay”, o projeto foi colocado por Feliciano na pauta da comissão, e defendido pelo pastor e deputado federal Anderson Ferreira (PR-PE), que é o relator do texto e apresentou parecer favorável: “Só estou tentando ajustar o desajuste que ele [Conselho Federal de Psicologia] tentou fazer por meio dessa resolução. Todo ser humano tem direito a procurar ajuda e tentar entender um conflito interno”, disse.
A sessão da CDHM ocorrerá na próxima quarta-feira, dia 08 de maio, e deverá ser marcada por novos protestos de militantes homossexuais. Deputados contrários à proposta e representantes do CFP tem se posicionado criticamente sobre o assunto nos últimos dias.
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