Um romper de risos ecoa pelo ar. “Eu me lembro de estar na frente da estátua de Kil Il-Sung para prestar tributo a ele”, diz um refugiado norte-coreano chamado Him*. “A escola inteira tinha de colocar flores próximas à estatua de Kim Il-Sung em nossa vila. Quando estávamos nos curvando, de repente, alguém no fundo soltou um pum. Tivemos todos um ataque de riso. Imediatamente uma professora veio até nós e tivemos que conter nossas risadas. Em seguida, tivemos de recitar todos os tipos de slogans em coro para ver se estávamos realmente tristes porque ele havia falecido. Então, cuspíamos em nossos dedos e passávamos nos cantos dos nossos olhos para molhar. Nós nos divertíamos muito enganando os professores.”
Muitos refugiados se tornam melancólicos quando pensam no passado de suas vidas na Coreia do Norte. "Alguns dos meus momentos mais felizes giram em torno de comida", explica outro refugiado. "Especialmente antes da fome, que começou na década de noventa, nós apreciávamos comer muito. Eu tinha três irmãos e uma irmã. Nós nos sentávamos em torno da mesa de jantar e minha mãe colocava uma pilha de arroz no meio, como uma montanha que tínhamos de conquistar. Parecia que estávamos roubando comida um do outro. Eu gostaria de poder voltar a esses tempos e realmente ajudar meu pai e minha mãe, que cuidaram tão bem de nós."
Um refugiado chamado Choi*, agora em seus vinte e poucos anos, lembrou o seu amor por filmes. "Eu vivia muito perto da fronteira com a China e, durante a noite, era possível ver todas as antenas no telhado apontando para a China. Embora nós tentássemos mudar os canais, sempre voltava para o canal estatal norte-coreano. Ainda assim, pudemos ver muitos dramas sul-coreanos, que foram transmitidos na China. Na minha aldeia havia contrabandistas e até mafiosos, e poderíamos comprar DVDs ilegais. Meus amigos e eu adorávamos assistir James Bond e fingir ser ele. Todos esses filmes mudaram a minha visão do mundo afora."
Mas os filmes não puderam preparar Choi para o mundo real. “Na primeira vez que vim para a China, fui para um shopping em uma grande cidade. Eu vi tantas garotas com saias curtas e ombros nus que eu nem sabia pra onde olhar. Garotos e garotas estavam também de mãos dadas. Eu suava por todos os poros”.
Todas as pessoas acima se tornaram cristãs na China e nunca retornaram à Coreia do Norte. Mas Hea Woo*, que foi presa na China e viveu num campo de trabalhos forçados na Coreia do Norte por anos, aproveitou esse tempo para orar. “E Deus fez coisas maravilhosas! Depois que eu fui liberta do campo, eu trabalhei em uma fazenda e fiquei com uma família local. Às vezes eu falava sobre Deus, mas o chefe da casa não permitia isso. A sua filha estava muito doente. Ela tinha um grande tumor. Durante a noite, ela veio até mim e chorou muito. Eu orei com ela debaixo das cobertas para que assim seu pai não nos visse. Depois de um mês, seu tumor foi aos poucos desaparecendo! Seus pais estavam tão gratos que eles queriam saber tudo sobre o evangelho. Nós fomos até as montanhas para que pudéssemos falar livremente e eu preguei sobre Jesus com todo o meu coração. Naturalmente, eles se tornaram fiéis seguidores!
A vida é bela, até na Coreia do Norte!
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