Hoje termina o Ramadã, mas o amor dos cristãos aos muçulmanos tem ainda uma tarefa definitiva a cumprir.
Desde há muito, assiste-se à difícil coexistência entre duas crenças que têm o objetivo de obter o maior número possível de adeptos: a fé cristã e a fé muçulmana.
A mera pretensão hegemônica de ambas, que já seria fonte natural de conflito - ao menos no nível das idéias -, tem sido acentuada pelos fatos ao longo da história.
Será que há alguma esperança de amenização ou, até mesmo, da eliminação dos conflitos entre cristãos e muçulmanos? A história e os fundamentos das duas crenças parecem desautorizar essa esperança, mas, como cristãos, devemos perseverar.
Os dogmas e sua fonte
Inicialmente, os dogmas de ambas as propostas se parecem, por afirmarem que só há um Deus criador de tudo e para onde tudo deve convergir. Mas, as semelhanças param aí, pois, para os cristãos, Deus é Pai, não só de Jesus Cristo, como de todos os que crêem no poder redentor da sua morte e ressurreição.
Já para os muçulmanos, Alá não pode ter filho e a mera alusão a esse filho é algo altamente ofensivo. Para eles, Jesus foi um importante profeta e é citado no livro sagrado deles, mas não pode ser adorado.
Cristãos crêem também em três outras coisas: que só há uma verdade, que essa verdade está revelada na Bíblia e que, no final dos tempos, essa verdade prevalecerá. Já os muçulmanos têm seu próprio livro sagrado, o Alcorão, e crêem que a Bíblia é um livro adulterado ao longo dos anos.
A prática
Outro ponto importante é a convivência.
No início do islamismo, seus adeptos enfrentaram reações violentas daqueles que se afirmavam cristãos e muitos muçulmanos foram alvo de agressão e perseguição "em nome de Cristo".
Isso foi um erro gravíssimo por que, além de contrariar o ensino bíblicosobre evangelismo, essas agressões aumentaram a animosidade entre as duas crenças.
Uma importante conseqüência está no nível de represálias que se observam quando muçulmanos decidem deixar sua fé e passam a viver outra crença, principalmente quando se tornam cristãos. Os relatos dizem que quando isso acontece, a pessoa é deserdada pela família, passa a viver em ostracismo e, em muitos casos, enfrenta violência física.
Assim, como apaziguar campos que discordam há tanto tempo e de maneira tão complexa? E mais, como apaziguar sem comprometer a própria crença?
Esperança
Só há uma maneira: orando.
Orar é servir, pois quando se ora se dedica tempo àquilo pelo que se ora.
Orar é priorizar, pois tudo aquilo pelo que não se está orando naquele momento fica em segundo plano.
Orar é buscar entender a vontade de Deus, pois, quando se compara a resposta recebida com a oração feita, se percebe o quanto o que tinha sido pedido estava sintonizado com os planos do Senhor.
Orar é pedir para Deus decidir, em vez de ficar brigando com o outro. E confiar na decisão dEle.
Mais do que tudo, orar é amar, pois orando, almeja-se o benefício do outro.
Como cristãos, temos de orar para que a revelação de Deus em Cristo atinja todos os que ainda não foram alcançados pela graça de nosso Pai. Isso vale para todos e vale especialmente para os muçulmanos, com quem temos tido tantas desavenças, mas que são tão credores de nosso amor quanto todas as pessoas.
Não há obstáculos ao evangelismo que resistam ao amor. E a forma mais definitiva de amor é a oração. Que nosso Pai nos abençoe e nos fortaleça neste caminho. Tanto nós aqui no Brasil, quanto nossos irmãos da Igreja Perseguida.
Douglas Monaco
Secretário Geral - Portas Abertas Brasil
A Bíblia ensina que sua verdade só terá prevalecido se for aceita sem qualquer imposição aos que decidirem vivê-la. Para Deus, segundo a Bíblia, um cristão genuíno é alguém que, voluntariamente, faz da Palavra de Cristo a fonte de todas as suas escolhas; algo que nas igrejas cristãs convencionou-se chamar de "aceitar Jesus como seu Senhor e Salvador". Por isso, não faz sentido qualquer iniciativa de evangelização que não garanta ao evangelizado o direito à "palavra final".
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