Nesse mês de janeiro, o presidente recém-eleito, Maithripala Sirisena, propôs suas ideias para uma nova Constituição, a fim de descentralizar o poder e evitar possíveis tensões étnicas no país. Os extremistas budistas se opuseram à proposta dele, já que há algumas disposições que regulam o poder do clero budista. Segundo os relatórios da Portas Abertas, há algumas pessoas que estão se opondo, dizendo que o interesse do governo é apenas ser mais simpático para as nações ocidentais.

“Solicitamos monges budistas para boicotar os tribunais deste país”, essa é uma frase da mensagem que o grupo extremista Bodu Bala Sena (BBS) enviou através da mídia. Conforme o porta-voz Gnanasara Thera: “Se o governo não nos ouvir, vamos quebrar a lei civil. O presidente terá que transformar todas as árvores em forcas e todas as escolas em prisões, para calar o povo budista”, declarou ele. Segundo alguns líderes cristãos, atualmente, o budismo ocupa um lugar muito importante no país, mas o papel do governo é proteger a liberdade de religião e garantir aos cidadãos todos os direitos concedidos através da lei.

“A mudança constitucional é boa e ruim ao mesmo tempo. Boa porque é mais um marco na reforma que a administração do novo presidente pretende realizar. Mas o lado ruim dessa mudança é que o país pode se dividir e a maioria adere ao budismo como religião e, infelizmente, o governo está politizando a religião. Vamos ver como vai ficar a situação das minorias religiosas. Esses dias são cruciais para o povo do Sri Lanka”, pede um dos analistas de perseguição.