"Importantes líderes da igreja acreditam que um Estado verdadeiramente islâmico irá garantir a liberdade religiosa de não-muçulmanos. Bem, eu discordo! Não acredito que haja um único exemplo histórico de que isso tenha acontecido em algum lugar", afirma Michael Nazir-Ali.
O líder religioso afirma que os países do Oriente Médio devem aprender com o caso do Egito e olhar para além do ideal da democracia. "A democracia por si só não é suficiente", diz ele. "Pode significar simplesmente o sentimento da maioria. No contexto egípcio, a questão não é chegar ao poder através da escolha popular, mas ver se existe uma disposição para abrir mão do poder quando o povo clama por isso. Essa é a outra prova da democracia".
De acordo com primeiro embaixador do Canadá em entrevista para a Agência de Liberdade Religiosa, Andrew Bennett, a liberdade religiosa deve ser vista como mais do que um simples ideal do Ocidente.
“Devemos levantar nossa voz e defender a liberdade religiosa, especialmente para os cristãos do Oriente Médio, que estão vivendo uma perseguição realmente severa", disse. "Este princípio fundamental não é culturalmente específico, não é exclusivo para as democracias ocidentais. É um princípio universal que diz respeito à dignidade humana", afirma.
Ziya Meral, pesquisador e escritor turco residente em Londres, relatou que o conceito de liberdade religiosa é "falho" e precisa ser redefinido. Meral disse que ao longo dos últimos cinco anos tem sido confortado pela mídia dizendo que a liberdade religiosa tem crescido exponencialmente. No entanto, a palavra "liberdade" é vista muitas vezes como desobrigação da responsabilidade social.
Ao invés disso, afirmou Meral, precisamos de um “novo conceito”, devemos redefinir a liberdade religiosa para que esta signifique: “responsabilidade pelo exercício pleno de todos os nossos credos em conjunto”.
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