Uma corte islâmica na Jordânia adiou até 10 de janeiro o veredicto final a respeito da batalha legal da viúva cristã Siham Qandah para impedir que um tutor muçulmano obtenha a guarda de seus dois filhos menores de idade. Foi o segundo adiamento nas últimas três semanas a respeito da prolongada ação judicial da custódia física da filha de Siham, Rawan e de seu filho Fadi, de 16 e 15 anos, respectivamente.
Segundo informações obtidas, os três advogados que representam Siham no caso em andamento, a fim de retirar a guarda de Abdullah al-Muhtadi, designada pela justiça, decidiram solicitar à corte a protelação da audiência do veredicto até 10 de janeiro.
Siham disse que não sabia por que o seus advogados haviam solicitado adiamento, embora, segundo seu conhecimento, as cortes ainda não tinham quaisquer informações de endereço ou contato direto com o tutor.
Em 23 de novembro, Al-Muhtadi recusou comparecer a uma audiência, apesar de uma convocação da Corte Sharia Al-Abdali, em Amman, que solicitava a sua presença. Ao invés de comparecer, avisou ao juiz que ele temia por sua vida se fosse à corte.
"Ele informou à corte que não compareceria a corte sem que a polícia lhe fornecesse proteção", um amigo cristão de Siham contou à Compass. "Ele alega que sua vida está em perigo,que ele teme que Siham o mate.
Eu não sei o que ele está tentando fazer, tendo em vista que isto é uma mentira".
O irmão fez uma acusação parecida contra Siham quando ela tentou se aproximar dele depois da audiência de 9 de novembro que ele compareceu, a fim de defender sua suposta retirada em dinheiro dos fundos de custódia da sua guarda. O tutor começou a gritar para as pessoas do lado de fora da sala da corte, declarando que ela estava tentando matá-lo.
Quando al-Muhtadi não apareceu na corte, como havia sido solicitado em 23 de novembro, o juiz Zghul formulou várias perguntas a Siham, incluindo se ela nunca havia recebido uma geladeira de al-Muhtadi ou se ele lhe havia repassado 750 dinares jordanianos, em dinheiro, para comprar uma geladeira, como ele declarou sob juramento na corte. Siham negou que o tutor comprou uma geladeira para eles.
Al-Muhtadi é o irmão distante de Siham que se converteu ao Islamismo enquanto ainda adolescente. Siham solicitou que al-Muhtadi fosse o tutor muçulmano de seus filhos há dez anos, após a morte de seu esposo enquanto servia como soldado nas Forças de Paz da ONU, em Kosovo.
Siham não teve permissão de contestar um certificado de "conversão" não-assinado, produzido pelas cortes locais que atestam a conversão secreta de seu esposo ao Islamismo, três anos antes de sua morte. De acordo com a lei islâmica, o documento automaticamente declarou que seus filhos menores de idade eram muçulmanos, apesar de eles serem batizados como cristãos antes da morte de seu pai. Conseqüentemente, as cortes jordanianas decretaram que os negócios financeiros dos filhos, incluindo seus benefícios de órfãos, fossem administrados por um muçulmano.
Contudo, al-Muhtadi começou a se apropriar dos benefícios mensais de órfãos dos filhos de Siham e, posteriormente, tentou obter os seus fundos de guarda, distribuídos pela ONU, retirando, aproximadamente, $17 mil dólares com a aprovação assinada dos juízes da Corte Islâmica Suprema.
Em 1998, o tutor começou um processo para tomar os filhos de sua mãe cristã de modo que ele pudesse educá-los como muçulmanos. Desde que a Corte Islâmica Suprema da Jordânia decidiu em favor de al-Muhtadi, em fevereiro de 2002, Siham escondia-se, periodicamente, a fim de evitar sua prisão e perda de seus filhos.
Com os seus filhos adicionados à lista negra, por ordem da corte, devido a sua saída da Jordânia, Siham apelou ao rei Abdullah II e a rainha Rania por uma resolução justa para o seu caso. Apesar da cobertura da imprensa internacional e apelações diplomáticas, o judiciário jordaniano continua a protelar a controversa decisão.
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