A violência do extremismo islâmico é baseada em textos que incentivam a prática no livro sagrado da religião, o Alcorão. No entanto, cristãos também são questionados diante da Bíblia, que apresenta alguns trechos “violentos” em alguns livros do Antigo Testamento.
O autor e apresentador norte-americano Michael L. Brown explica no site Charisma News que este assunto precisa ser tratado de forma adequada. Não se pode negar que tanto a Bíblia Sagrada como o Alcorão apresentam versículos violentos.
Brown ressalta que os "versículos violentos da Bíblia foram direcionados a um tempo e um lugar específico, enquanto os versículos violentos do Alcorão são falados em termos gerais."
"Na Bíblia, Deus ordenou a Josué para aniquilar os cananeus, ou seja, para matar homens, mulheres e crianças, uma vez que os cananeus eram considerados pecadores. Séculos mais tarde, durante o tempo do rei Saul, o profeta Samuel disse que era a vontade de Deus aniquilar os amalequitas por causa dos pecados que tinham cometido", disse ele.
No entanto, Brown esclarece que "estes comandos que parecem monstruosos para muitos leitores hoje, realmente não podem ser aplicados a situações contemporâneas e nunca foram considerados normativos no judaísmo ou no cristianismo."
Por outro lado, Brown ressalta que "as injunções do Alcorão para decapitar os pescoços dos incrédulos, matá-los e puni-los de várias maneiras, têm sido aplicadas a situações contemporâneas desde os dias de Maomé, e mesmo até hoje."
Além disso, os cristãos acreditam que o Antigo Testamento, que contém os livros onde os versos violentos são encontrados, serve como base para a construção do Novo Testamento, que contém a "revelação final".
"Não há versículos no Novo Testamento em que os crentes são chamados para matar seus inimigos", reitera.
A situação é totalmente diferente no caso do Islã. "Para os muçulmanos, o Alcorão é a revelação final. Ao longo da história islâmica, os versos violentos têm sido muitas vezes aplicados, literalmente, por muçulmanos no tratamento aos incrédulos e inimigos", disse o autor.
A maior diferença entre a Bíblia e o Alcorão está em seus fundadores. "Jesus foi crucificado e ordenou que Seus seguidores não o defendessem em seus destinos", destacou Brown.
Em contraste, "Maomé, que começou sua missão como um pregador em vez de um soldado, conduziu assaltos (para conseguir dinheiro para seus seguidores), lutou agressivamente, guerreou de forma ofensiva para subjugar seus inimigos, e em uma ocasião conhecida, decapitou seus prisioneiros judeus", disse o autor.
A única coisa "violenta" que Jesus fez, conforme descrito na Bíblia, foi quando ele derrubou as mesas dos cambistas no templo e expulsou os animais, Brown acrescentou.
"Como pode alguém comparar os dois? Jesus é chamado de ‘Cordeiro de Deus’ em numerosos textos, que citam sua morte sacrificial na cruz, e ele é adorado por cristãos como o cordeiro que foi morto. Os muçulmanos, normalmente, pensam sobre Maomé dessa forma?", questiona Brown.
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