Em 1º. de maio de 1978, reunia-se pela primeira vez em assembléia a Missão Portas Abertas, entidade religiosa que, desde os primeiros segundos de existência, empenha-se no avanço do evangelho por meio do serviço aos cristãos perseguidos.
Alguns aspectos desse serviço têm de ser destacados:
O primeiro deles é a premência do socorro a pessoas em forte necessidade e, muitas vezes, em perigo. Um perigo que é não só contra a vida física, é muito maior contra a vida espiritual, pois, mais do que agredir o corpo de nossos irmãos, os que os perseguem querem é mutilar para sempre a alma deles, demovendo-os de sua escolha por Cristo.
Essa premência é acentuada por essas pessoas serem irmãos da mesma fé e movidos pela mesma esperança dos que atuam na Missão: como não se mobilizar em favor de alguém que está pagando um custo que é meu também?
Há também os aspectos de unidade, de envolvimento missionário e de preservação do Reino onde ele mais está sendo agredido, todos vivenciados pelos que se engajam neste serviço.
Mas, dado o contexto em que se celebram estes 29 anos, há um ponto que merece ser mais realçado do que os outros: o aprendizado. Parece às vezes que a compreensão ocidental da vida com Cristo está muito focada no presente, nas coisas, muito influenciada por materialismo, o que é preocupante1.
Com suas vidas, esses irmãos nos exortam a
esquecer o efêmero e a nos concentrar no eterno
Talvez tenhamos de reaprender o "beabá" do Evangelho e para nos ensinar isso, ninguém melhor do que os irmãos perseguidos. O serviço aos irmãos perseguidos é uma lição que não acaba nunca. Estar em contato com eles é aprender, reaprender, relembrar, não se esquecer nunca que: "... o viver é Cristo e o morrer é lucro".
Todos os dias, somos abençoados pelo testemunho de mais um irmão iraniano que não calou a proclamação das Boas Novas, a despeito das ameaças contra sua vida e a de sua família. Todos os dias, somos alentados pela vitória de um irmão da Eritréia que se manteve firme, apesar da tortura.
Todos os dias, somos reapresentados aos verdadeiros valores cristãos da vida devocional, do apego à Palavra de Deus, do empenho na expansão e preservação do Seu Reino. Essas lições, tão naturais da vida cristã, parecem mais fortes na Igreja Perseguida.
E isso é assim nos mais de 50 países servidos pela Missão Portas Abertas em cooperação com a Open Doors International2. Irmãos da Coréia do Norte, Arábia Saudita, Irã, Somália, Butão, Vietnã, Laos, China, Paquistão, Iraque, Nigéria etc. são fontes de aprendizado para nós, cristãos do ocidente.
Com suas vidas, esses irmãos nos exortam a esquecer o efêmero e a nos concentrar no eterno. Eles nos lembram que todos só temos uma missão de vida: sermos manifestação da glória de Deus, não importando o preço.
Por isso, ao atingir 29 anos, a Missão Portas Abertas e toda a sua equipe agradecem a Deus pelo privilégio de serem parte da sua glória atuando numa obra onde se serve e se aprende.
Que no dia do nosso aniversário3, todos nos comprometamos a, enquanto nosso Pai nos permitir, continuarmos juntos, servindo e aprendendo com nossos irmãos perseguidos.
Douglas Monaco
Secretário Geral
Missão Portas Abertas
Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão. 1 Co 15.19.
Open Doors International é uma entidade religiosa sediada na Holanda, fundada em 1955 que atua em cooperação com mais de 40 entidades nacionais, entre as quais a Missão Portas Abertas, para servir cristãos perseguidos.
Por coincidência, o autor deste artigo também aniversaria em 1º. de maio.
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