O filme “22 Semanas” (“22 Weeks”, no título original) tem as imagens e efeitos sonoros de um filme de terror, mas não o é. Em vez disso, ele baseia-se num relato verdadeiro de uma mulher que procurou fazer um aborto tardio, mas acabou vivendo um pesadelo.
Na curta-metragem de 25 minutos, Angela desempenhado por Natalie Wenninger, acorda no seu quarto de motel coberta de sangue. Ela corre para a clínica onde havia sido injectada com uma agulha no dia anterior para abortar o seu bebé com 22 semanas de gravidez. Ela está a sangrar abundantemente e a ter contracções, mas é abandonada numa sala suja na clínica. Algo se passa de errado.
No início do filme, encontramos uma Angela muito diferente na Clínica EPOC em Orlando, Flórida, quando ela está a meio do seu segundo trimestre de gravidez. Lá, são apresentadas duas opções a Angela: o método de sucção ou uma injecção letal no coração do bebé.
Ela escolhe a última opção, convencida pelos empregados de que o procedimento não irá provocar ao bebé qualquer dor. Ela daria à luz apenas um bebé natimorto no dia seguinte. Para ela, o método de sucção é um acto monstruoso.
Após o procedimento, ela é abordada por um grupo de activistas pró-vida fora da clínica. Quando um Cristão tenta convencê-la a salvar o bebé, Angela responde, “Deus nunca foi violado.”
Embora hajam vários momentos desconfortáveis enquanto Angela experiencia algumas complicações, a cena chocante perto do final vem quando ela dá à luz o seu bebé numa casa de banho.
“Ele está vivo!” grita Angela, chocada por o bebé não estar morto como os empregados lhe tinham assegurado que ele estaria.
Mas a mãe fica ainda mais horrorizada quando os funcionários que respondem lentamente aos seus choros, negam que o bebé esteja vivo, não a ajudam e fecham-na na casa de banho.
“Ele está vivo e eles não me querem ajudar!” diz Angela à sua amiga ao telefone. “Já não quero mais que isto aconteça … eu fiz um erro! Chama o 911!”
Enquanto Angela espera por ajuda, ela agarra o bebé próximo dela, dizendo ao seu filho, “Perdoa-me” e “Eu amo-te tanto”, desejando que pudesse ter outra chance.
Quando a ambulância chega à clínica, os empregados tentam fazer com que a equipa de emergência se vá embora, insistindo que ninguém tinha chamado o 911.
O filme “22 Semanas” baseia-se num artigo do World Net Daily, que publicou o verdadeiro testemunho da mãe verdadeira, Angele, em 2005. E apesar do que foi retratado no filme ter sido horrível o suficiente, Angele disse que o que realmente aconteceu foi ainda pior.
O bebé, a quem Angele tinha dado o nome de Rowan, morreu 10 minutos depois da sua amiga ter chamado o 911 devido a negligência. O médico, Jim Perper, que administrou a injecção, não foi processado.
Angele, que não divulgou o seu apelido, assistiu à exibição gratuita do filme nos Union Station’s Phoenix Theaters, em Washington, D.C., na Quarta-feira, como uma outra forma de revelar publicamente a sua experiência.
O filme, que foi concluído em Agosto de 2008, só foi exibido em cerca de sete cidades nos Estados Unidos, e também em Porto Rico, de onde é originário o produtor Manuel Ángel Soto. Este foi o seu primeiro filme.
Soto, que fez parcerias com as organizações pró-vida BornAliveTruth.org e Operation Rescue para promover o filme, espera que o conhecimento do filme e das perturbadoras práticas realizadas em clínicas de aborto se espalhem de boca em boca.
“Isto está mesmo a acontecer … [até] nos dias de hoje apesar da lei de protecção dos bebés nascidos vivos, disse Jill Stanek da BornAliveTruth.org na exibição em Washington.
Com recursos e financiamentos limitados, Soto está a contar essencialmente com os espectadores para obter publicidade e mostrar o filme que estava disponível para compra em DVD nas exibições. Pedidos para projecções também podem ser feitos no site do filme em 22weeksthemovie.com.
Depois de terem ficado comovidos com o filme, os espectadores da exibição de Washington expressaram a sua vontade de ajudar. Uma das espectadoras que confessou já ter feito um aborto, disse a Soto que iria mostrar o filme à sua igreja de 20.000 membros. Outra espectadora incentivou Soto a fazer com que o filme fosse entregue ao presidente Barack Obama, que é pró-escolha.
“Visto que ele (Obama) está a defender o aborto, ele deveria ver o filme”, afirmou a espectadora, que disse que iria escrever uma carta ao presidente.
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