Prepare-se para ler uma obra impressionante, escrita por alguém que uniu o estudo profundo da teologia sistemática a uma ardente paixão pela missão da igreja!

Este livro propõe uma tese inovadora: sistematizar as doutrinas centrais da fé a partir da cristologia e ao mesmo tempo criar uma ponte entre a teologia tradicional e a cultura brasileira, de modo que seja possível escaparmos do aprisionamento cultural. A ideia é mostrar que Cristo deve ser o critério que estabelece a primazia das Escrituras bem como o lugar apropriado da tradição, da experiência e da filosofia no labor teológico. Além disso, uma das preocupações cruciais desta obra é o tema da solidariedade social, vista pelo autor como chave para compreendermos a verdade bíblica a respeito da igreja local e da sociedade em que ela está inserida. Nesse aspecto o confronto com a teologia da libertação é inevitável.

Posfácio

No dia 22 de julho de 1924, Deus nos deu de presente Richard Julius Sturz,esse magnífico e inesquecível mestre que nasceu na cidade de San Diego, no Estado da Califórnia, Estados Unidos da América do Norte. Filho de Julius Louis Sturz, nascido em Ostheim, Alemanha (01/10/1883), e de Haral Crandall, também de San Diego (26/06/1893).Prof. Sturz, como sempre foi conhecido pelos seus alunos, casou-se com a jovem secretária da Missão Conservadora, Ruth Marie (aos amigos ele confessava que necessitava de uma boa secretária, e Ruth era a melhor secretária que ele conhecia), em 8 de agosto de 1952, em Muscatine, Estado de Iowa, cidade natal dela. Casamento que durou por quase 57 anos. Em 1955, em São Luiz do Maranhão, nasceu Roberta Kaye Sturz, a primeira e única filha do casal. Em 1965 nasceu Richard Julius Sturz Jr., seu único filho homem (adotado), na cidade de Los Angeles,Estado da Califórnia.Sua filha, Roberta, casou-se com Roy Leslie Reed, que deram ao casal Richard e Ruth as netas: Aubrey Gayle Reed e Alexandra Kaye Reed. O filho Richard Júnior casou-se com a jovem brasileira Mirian Mazimo Sturz e deram ao casal o neto Eric Julius Sturz.Em sua carreira acadêmica, destacam-se as seguintes formações: em 1945, formou-se Bacharel em Artes (B.A.), no Westmont College, em Santa Barbara, Califórnia, e, em 1948, Mestre em Divindades (M.Div.) pelo Eastern Baptist Theological Seminary, na cidade de Philadelphia; em 1959, obteve o título de Mestre em Teologia (ThM) pelo Fuller Theological Seminary, em Pasadena, Califórnia; em 1994, recebeu o merecido título de Doutor em Divindades (D.D.) pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo.Ele atuou no Brasil como missionário da Missão Batista Conservadora. Chegou à nossa terra no ano de 1949, ainda solteiro, e instalou-se na cidade de Floriano, interior do Estado do Piauí. Optou por morar com o povo daquela cidade para aprender não apenas o idioma, mas também a cultura brasileira. Com um pouco mais de um ano no Brasil, contraiu malária, o que quase lhe custou a vida.Voltou aos Estados Unidos para casar-se com Ruth e, já casado, retornou ao Brasil, permanecendo seis meses na cidade de Campinas, SP, onde Ruth aprendeu nosso idioma. Terminado esse tempo, o casal rumou para o interior do Piauí, onde atuou amplamente na evangelização daquela região, tendo inclusive andado de jegue para vencer as longas distâncias. Nesse período, já sentindo o toque de Deus para as áreas de ensino e capacitação de obreiros, o prof. Sturz participou da fundação do Instituto Bíblico de Floriano, que, mais tarde, nas mãos de outro colega da Missão, Dr. Dewey Mulholland, foi transferido para Brasília transformando-se na Faculdade Teológica Batista de Brasília.Depois de oito anos servindo a Deus junto ao povo nordestino, sentiu um chamado para trabalhar na área de literatura. Assim, ele e sua família foram para a cidade do Rio de Janeiro, e permaneceram ali de 1957 a 1965. Nesse período, Sturz fundou o Conselho de Literatura Evangélica Brasileira (CLEB), do qual se tornou presidente.  Também no Rio de Janeiro foi membro da Igreja Batista do Itacurussá, onde cultivou uma grande amizade com o pastor Hélcio da Silva Lessa, que curiosamente faleceu no mesmo dia em que ele faleceu.De tempos em tempos, ele e a família tinham de voltar aos Estados Unidos para que pudessem desfrutar de um período chamado pelos missionários de furlough (licença). Em toda a sua estada no Brasil, foram nove períodos de furloughs. Em 1965, após um desses períodos, regressou ao Brasil em 1967, mas agora se instalou na capital paulista, tendo recebido convite da Faculdade Teológica Batista de São Paulo para trabalhar integralmente como professor de teologia. Ali serviu com paixão à Teológica (como é conhecida a Faculdade) até o ano de 1991. Como testemunha seu filho, Richard Jr., foi em São Paulo, na Teológica, que ele encontrou finalmente a paixão de sua vida ministerial — o ensino.