R$ 12,21
Este livro é realmente simples, mas profundo e repleto de sabedoria para todas as áreas da vida
Peso: 0.178
Tamanho: 14 x 21
Edição: 2006
Volume: 1
isbn: 85-88315-54-8
Ano Lançamento: 2006
Sumário
Prefácio ..................................................................07
1. Para os preguiçosos .............................................09
2. Os mistificadores da religião .................................019
3. A aparência do pregador ......................................025
4. A natureza boa e a firmeza ..................................029
5. Paciência ............................................................037
6. Bisbilhotices ........................................................041
7. Agarre as oportunidades .......................................045
8. Mantenha os olhos abertos ...................................049
9. Como usar o pensamento ....................................053
10. Imperfeições .....................................................057
11. Coisas que não valem a pena tentar ................... 061
12. Dívida ...............................................................065
13. Lar ...................................................................075
14. Homens em adversidade ....................................083
15. Esperança .........................................................089
16. Gastar ..............................................................095
17. Uma palavra boa para as esposas .......................101
18. Homens de duas caras .......................................111
19. Sugestões para prosperar ...................................117
20. Exagero ............................................................125
21. Coisas que eu não escolheria ..............................133
22. Tentar ..............................................................139
23. Monumentos .....................................................145
24. Pessoas muito ignorantes ...................................151
Introdução
Dar conselho aos ociosos é tão inútil quanto despejar água em uma peneira; do mesmo modo, tentar aperfeiçoá-los é como tentar engordar um galgo. O Antigo Testamento já nos dizia para amassar nosso pão com água, se amassarmos uma ou duas cascas duras nesses charcos estagnados sempre nos restará ainda um consolo: se as pessoas preguiçosas não se tornam melhores quando semeamos bom senso, não tornamos piores por tentar adverti-las e não colhermos nada. Repreender preguiçosos é como ter um pedaço duro de solo para arar em que, com certeza, a colheita será menos farta. Mas se apenas a terra boa tivesse de ser cultivada, os lavradores poderiam se afastar do trabalho, e nós só teríamos de pôr o arado no sulco.Homens preguiçosos são muito comuns e crescem sem que seja necessário cultivá-los, mas a quantidade de sagacidade que existe em muitos deles seria insuficiente para pagar a aração: não é necessário nada para provar isso além do nome e do caráter deles, se não são tolos, são preguiçosos, e conforme diz Salomão: “O preguiçoso considera-se mais sábio do que sete homens que respondem com bom senso”, já aos olhos de todos os outros, sua tolice é tão clara como o sol no céu. Se os ataco duramente, ao falar com eles, é porque sei que podem agüentar, pois se eles estivessem caídos no chão do celeiro, eu precisaria surrá-los muito antes de conseguir tirá-los da palha, e nem mesmo a debulhadora a vapor conseguiria fazer isso. Ela os mataria antes de conseguir levantá-los da palha, pois a preguiça está nos ossos de algumas pessoas e mostra-se em sua carne ociosa, faça você o que fizer com elas. Bem, por isso, antes de tudo me parece que pessoas preguiçosas deveriam obrigatoriamente ter um grande espelho pendurado onde fossem obrigadas a se ver, com certeza, no final, se os olhos delas forem como os meus, não suportariam olhar para si mesmas por muito tempo ou com freqüência. A visão mais horrível do mundo é a de um desses vadios autênticos que dificilmente seguraria sua vasilha de comida se chovesse mingau de aveia e, com certeza, jamais seguraria um pote em que coubesse mais comida do que a necessária para si mesmo. Talvez, se a chuva fosse de cerveja, ele conseguisse despertar um pouco, mas acabaria de encher o copo depois. Provérbios descreve esse homem: “O preguiçoso põe a mão no prato, e não se dá ao trabalho de levá-la à boca”. Acho que esse tipo de homem deveria ser tratado como os zangões que as abelhas expulsam das colméias. Todo homem deve ter paciência e piedade pela pobreza, mas para a preguiça seria melhor um chicote comprido ou uma volta pela roda do moinho. Esse poderia ser um purgante saudável para todos os preguiçosos. Mas seria muito difícil para alguns deles conseguir sua dose completa de medicamento, pois eles nasceram ricos, mas a riqueza não faz nada sozinha, ela precisa que alguém lhe empreste a mão. Como diz o velho ditado: “O preguiçoso é como o cão que encosta a cabeça na parede para latir” ou como as ovelhas preguiçosas para quem é muito trabalhoso carregar a própria lã. Seria muito útil se pudessem se ver, mas talvez fosse muito trabalho abrirem os olhos, mesmo que segurassem os óculos para eles.