A Shura, câmara alta do Parlamento egípcio, aprovou uma lei para proibir as manifestações nas mesquitas e nas igrejas, e punir com prisão e multas os organizadores de protestos em templos religiosos.
A nova lei de proteção da santidade dos templos, aprovada na última terça-feira à noite, impõe um ano de prisão e uma multa de entre 1.000 e 5.000 libras egípcias (entre US$ 180 e US$ 900) aos que organizarem ou convocarem protestos nos templos religiosos, segundo o jornal independente “Al Masri al Yom”.
Quanto aos participantes dos protestos, a lei pune com seis meses de prisão e uma multa entre 500 e 2.000 libras egípcias (entre US$ 90 e US$ 350).
Em ambos os casos, é possível escolher entre penas de prisão e multas, sem obrigar a aplicação das duas ao mesmo tempo.
A nova lei foi aprovada dez dias depois de a polícia egípcia proibir uma manifestação que os Irmãos Muçulmanos – maior força opositora no país – planejavam realizar na mesquita de Al-Azhar, no centro do Cairo, para pedir a suspensão do bloqueio imposto aos palestinos na Faixa de Gaza.
Suspeita-se que a lei também seja usada como arma para coibir reuniões e mobilizações religiosas fervorosas.
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