Jogos da Copa destruirão nações e povos, diz líder muçulmano
Declaração irritou muitos muçulmanos que acompanham o mundial
Enquanto boa parte do mundo acompanha a Copa do Mundo, um importante líder muçulmano egípcio condena a prática. Para Yasser Borhami, um dos fundadores e principais líderes do movimento ultraconservador chamado Salafista, assistir a jogos de futebol é algo “inaceitável” no Islã.
Para ele, é uma distração dos deveres religiosos, e ver seus irmãos muçulmanos perdendo tempo ao assistir os jogos constitui-se “num desastre que me deixa muito bravo”. Ainda segundo Boehami, a prática levará, no final, à “destruição das nações e dos povos”.
O vídeo com o duro discurso classificando os jogos da Copa como “haram” foi publicado no site do grupo. Para os partidários de Borhami existem vários aspectos do futebol que contrariam aos preceitos islâmicos, em especial distrair os fiéis de seus deveres religiosos, exibir partes do corpo que muitos muçulmanos acreditam que deveriam ficar cobertas, e o pior, incentivar os muçulmanos a amar e apoiar “incrédulos”.
No Egito, o futebol ainda é o esporte mais popular e um apresentador de TV do canal privado CBC procurou Borhami para esclarecimentos. “Eu só disse ‘não perca seu tempo’, minimizou. O Salafista já foi um defensor da Irmandade Muçulmana, mas rompeu com ela mais tarde. Com forte presença política, o grupo radical tem perdido muito de seu apoio entre os islâmicos conservadores mais jovens. A julgar pela repercussão negativa de sua fala, atacar o futebol não ajudou a reverter esse quadro.
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