A evangelista sino-americana Sarah Liu relatou suas experiências de tortura por ter se arriscado a compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo em seu país natal, a China.
Durante um congresso organizado pela Baylor University, a maior universidade batista do mundo, Liu revelou que passou fome, sofreu espancamentos, suportou tortura com choques e ainda exerceu trabalho escravo em uma prisão chinesa, a título de “reeducação” por causa de sua recusa em negar a Jesus.
Liu contou que se converteu em 1991 depois de ouvir a mensagem através de missionários, e em 2005, mudou-se para os Estados Unidos e tornou-se cidadã norte-americana.
Em uma de suas viagens pela China, foi acusada de “perturbar a ordem social” com suas ações evangelísticas, e mantida presa por dois meses.
“A polícia me levou para uma delegacia e perguntaram um monte de informações sobre o meu pastor e os meus amigos […] E eles me sugeriram negar a Jesus Cristo. [Eu disse:] ‘Eu não quero fazer isso’. Então, eles me bateram e eles usaram um bastão eléctrico, que pode ferir seu corpo e queimar a sua pele”, afirmou Liu, durante seu depoimento no evento.
As torturas, segundo a evangelista, eram impiedosas: “Eles colocavam os bastões elétricos na minha cabeça, meu corpo, em todos os lugares. Colocaram nas minhas mãos. É doloroso. Eu estava gritando. Então eles colocaram a batuta na minha boca, por isso toda a minha boca ficou muito machucada, e eu não podia beber, não podia comer e não poderia falar. E eles ainda cobravam informações”.
Liu disse à plateia que ela nunca teve um julgamento adequado ou processo legal antes de ser condenada a três anos em campos de trabalho: “Eu estava apontada por causa da minha fé. Eu estava condenada ao campo de trabalho das mulheres. Eu estava sempre destacada. Um dia, na hora do almoço, eu estava na fila para pegar minha refeição e quando chegou a minha vez de pegar comida, eles me perguntaram: ‘Você ainda acredita em Jesus?’. Eu disse, ‘Sim’. Então eles me dizem para ficar de frente à parede. Depois que todas as presas terminaram seu almoço, em seguida, eles me ordenaram a ir com elas trabalhar. Quando chegou a hora do jantar, eu estava na fila para conseguir comida e era a minha vez, eles voltaram a fazer a mesma pergunta… Meu corpo estava faminto, mas eu [não] queria desistir de Jesus. Foi-me dito para ficar na parede toda a noite e pela manhã, continuar a trabalhar de novo”, relatou.
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